quarta-feira, 26 de maio de 2010

AI DE NÓS...



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Ataque e contra-ataque
Oposição traz novas acusações contra a Fundarpe e situação faz denúncias semelhantes ao governo Jarbas


No dia em que a bancada de oposição na Assembleia Legislativa se preparou para anunciar novas denúncias contra a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), o governo reagiu, fazendo um contra-ataque. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Uchoa (PDT), abriu mão momentaneamente do cargo para usar o plenário da Casa e rememorar a acusação contra a Fundarpe, só que a ocorrida na gestão do então governador Jarbas Vasconcelos (PMDB). Já na nova denúncia da oposição, os parlamentares constataram que 11 empresas, algumas delas com sócios em comum, receberam juntas da Fundarpe (de janeiro de 2009 a abril de 2010) R$ 36,2 milhões em empenhos fracionados.

Minutos antes da coletiva da oposição, Uchoa exibiu no plenário um calhamaço de documentos apresentado por ele e outros parlamentares que atuavam como oposição durante a administração Jarbas Vasconcelos. No discurso, o pedetista disse que foram emitidas diversas notas fiscais falsas para pagamento de shows e que o casofoi denunciado ao Ministério Público, mas até agora as investigações não prosperaram. O desvio de recursos teria ocorrido no Sistema de Incentivo à Cultura (Funcultura) do governo do estado em 2002. Ele prometeu, ainda, um segundo round, tendo como enfoque novas denúncias sobre o Funcultura durante a gestão de Jarbas à frente da Prefeitura do Recife.

Na denúncia, os parlamentares revelam que as notas fiscais falsas, denunciadas à época, somam mais de R$ 285 mil. As inidôneas chegaram a R$ 165 mil, além de outros montantes de recursos utilizados pelas empresas, mas que não tinham notas fiscais. No documento apresentado ao Ministério Público, a empresa Souza Cruz S.A teria recebido mais de R$ 2 milhões em projetos com assinatura falsa. "A oposição aproveita a época de eleição para criar um palco eleitoral antecipado. Todo mundo é honesto. Só quem é safado é Eduardo? Pedimos que o Ministério Público apure que o denunciamos em 2004 e até agora não tivemos notícias", solicitou.

Ao ser informado sobre as denúnciasde Uchoa, o líder da oposição, deputado Augusto Coutinho (DEM), disse que os fatos deveriam ser apurados e os culpados punidos. "Na época, o próprio governo chamou a polícia para apurar e denunciou o caso. Talvez Cadoca (deputado federal e atual aliado do governador Eduardo) possa dar melhores informações", ironizou o parlamentar. A oposição também revelou que as empresas Clarin´s, Bloco tá Legal e Figlioulo Produções tem como sócio Glaydson Figlioulo do Nascimento. Ele seria na verdade motorista aprovado em concurso público pela Prefeitura de Tamandaré (em 2003). "A não ser que seja um homônimo. Há suspeita do uso de laranjas nas empresas", disse a deputada Terezinha Nunes (PSDB).

Defesa - O líder do governo, deputado Isaltino Nascimento (PT), saiu em defesa da Fundarpe, alegando que a oposição quer construir com as denúncias um palco político para a campanha eleitoral. "Não temos receio algum. Os orgãos credenciados estão investigando e vamos mostrar que não há nada de errado nisso. O que a oposição deveria dizer à sociedade é o motivo pelo qual as contas da Fundarpe no governo deles, nos anos de 2004 a 2006, foram foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado", ironizou.

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