Escrito por Magno Martins
João da Costa, a criatura, se rebelou contra João Paulo, o criador. As juras de amor foram quebradas antes da posse. Se este filme se reproduzir no plano nacional em 2011, com a criatura Dilma e o criador Lula, certamente não será mera coincidência. Tem tudo a ver! Dilma eleita, rapidamente se criará no cerne da opinião pública a sensação de que não é ela que governa, mas Lula.
Como João mostrou que não é João, Dilma tende a se incomodar e se contaminar pelo mesmo veneno inoculado no prefeito recifense. O poder cega, dizem os mais sábios. João perdeu a visão e não enxerga mais João Paulo um palmo a sua frente. Mesmo usuária de óculos de graus longínquos, Dilma também pode não identificar Lula ao seu redor nem recorrendo a uma lupa.
Ninguém governa governador, profetizava o ex-governador Manoel Borba. Dilma é a reencarnação de Lula de saia empinando o seu terceiro mandato. Por mais que seja concentradora e ditadora, a ex-ministra da Casa Civil, sentada na cadeira de Lula com a caneta funcionando a todo vapor, dificilmente venderá a imagem de que é ela, e não Lula, que governa. Isso ficará marcado no inconsciente popular.
Só lhe restará como alternativa dar também o seu “grito de liberdade”. João disse que se libertou de João porque, segundo ele, o criador queria mandar. Dilma é o João de amanhã.
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