sábado, 17 de julho de 2010

NANÁ VASCONCELOS E LUI COIMBRA NO FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS




Um dos músicos brasileiros mais reconhecidos mundialmente, o percussionista Naná Vasconcelos, em duo com o violoncelista carioca Lui Coimbra, se apresenta no próximo dia 23, às 21hs, no palco Instrumental, de Garanhuns, dentro da programação do 20º Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). Numa formação pouco comum na música instrumental, o resultado é um repertório nada convencional, cuja percussão de Naná se junta ao som erudito do violoncelo de Lui Coimbra, e ambos imprimem as tônicas da espontaneidade e da improvisação. A música afro-brasileira, os sons da Amazônia e canções regionais nordestinas fazem do show um verdadeiro sucesso.
Os músicos repetem canções que marcaram parcerias anteriores, como O Canto do Cisne Negro, de Heitor Villa-Lobos, além de músicas autorais de Naná, e composições do próprio Lui Coimbra, a exemplo de faixas de seu último CD “Ouro e Sol”. Além da interação musical, a apresentação também é marcada pela improvisação de ambos sozinhos.
Naná prepara-se para lançar seu próximo trabalho autoral “Folias e batuques”, que já está em fase de mixagem. Paralelamente a esse projeto, ele esteve envolvido em outros dois eventos grandiosos neste início de ano. O mais recente foi o projeto Língua Mãe, desdobramento internacional do ABC Musical, trabalho de inicialização musical com crianças de escolas públicas, que Naná desenvolve em parceria com o maestro Gil Jardim, desde 1984.
O Língua Mãe foi concebido para fazer parte das comemorações de 50 anos de Brasília, com espetáculo dia 20 de abril, onde Naná regeu 120 crianças de três países de mesma língua, Portugal, Angola e Brasil, acompanhados da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, regida por Gil Jardim. Em noite de casa lotada, o púbico se emocionou com a integração de 120 crianças sob a condução de Naná, uma verdadeira comunhão entre os povos de mesma língua.
                 
SOBRE NANÁ VASCONCELOS

Juvenal de Holanda Vasconcelos nasceu no Recife, em 1944. Mesmo depois de duas décadas tocando pelo mundo, morou em Paris e Nova York, as influências de sua terra estão presentes em tudo o que faz. Foi por oito vezes consecutivas aclamado como melhor percussionista do mundo pela revista norte-americana Down Beat. Dotado de uma curiosidade intensa, indo da música erudita do brasileiro Villa-Lobos ao roqueiro Jimi Hendrix, Naná aprendeu a tocar praticamente todos os instrumentos de percussão, embora nos anos 60 tenha se especializado no berimbau. O trabalho de Naná sempre demonstrou a amplitude do seu talento, e nos anos 80 gravou o disco “Saudades”, concerto de berimbau e orquestra. Depois, vieram os álbuns “Bush Dance” e “Rain Dance”, suas experiências com instrumentos eletrônicos.
Daí por diante, Naná esteve envolvido mais diretamente com o cenário musical brasileiro ao fazer a direção artística do festival Panorama Percussivo Mundial (Percpan), em Salvador, e do projeto ABC Musical, além de participações especiais em álbuns de Milton Nascimento, Caetano Veloso, Marisa Monte e Mundo Livre S/A, entre outros. No fim de 2005, lançou “Chegada”, pela gravadora Azul Music, e em 2006, o CD mais recente, intitulado “Trilhas”. Uma trajetória de vida que esbanja virtuosismo musical e integridade pessoal em tudo o que faz e toca. Informações mais detalhadas sobre o artista podem ser encontradas no seu site - http://www.nanavasconcelos.com.br

SOBRE LUI COIMBRA
Luis Cláudio Coimbra ou Lui Coimbra é compositor, violoncelista, especialista em instrumentos de cordas e arranjador, além de se apresentar como cantor. Com turnês pela Europa na bagagem, é um dos músicos mais requisitados do País. Fundou , nos anos 80, ao lado de Marcos Suzano e outros grandes nomes, o grupo Aquarela Carioca, que revolucionou a musica instrumental brasileira. Já tocou em shows de Caetano Veloso, Zeca Baleiro, Ana Carolina, Ney Matogrosso e Alceu Valença, entre outros.
O  artista iniciou a carreira solo em um show realizado no Teatro do Centro Cultural Itaú (SP) e lançou o CD “Ouro e Sol”, resultado de uma parceria com vários amigos músicos. Fez parte do grupo de World Music Religare e da Orquestra Popular de Câmara.

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