quarta-feira, 8 de outubro de 2014

DEFINIDO, MARINA SILVA (PSB) VAI APOIAR AÉCIO NEVES (PSDB) NO SEGUNDO TURNO


Marina Silva (PSB), terceira colocada na disputa presidencial, decidiu apoiar Aécio Neves no 2.º turno da eleição presidencial. Quer, porém, que o tucano inclua em seu programa de governo causas defendidas por ela nas áreas educacionais e de meio ambiente. A ideia da ex-ministra é fazer o anúncio de um “acordo programático”. Esse apoio seria costurado a partir de itens convergentes nos programas dos dois, como o fim da reeleição e a reforma tributária.

Conforme informou a colunista Sonia Racy no portal estadão.com.br, o que está em discussão, agora, é se a adesão de Marina ocorrerá com o PSB ou se será uma manifestação da Rede Sustentabilidade, grupo político da ex-ministra abrigado no partido que foi presidido por Eduardo Campos, morto em agosto.

Marina diz que não quer condicionar sua decisão a cargos, o que ela define como “velha política”. O caminho da “nova política” é pedir um compromisso formal de pontos do programa de governo anunciado pelo PSB em agosto. O discurso é semelhante ao adotado um ano atrás, quando Marina se filiou ao PSB de Campos, e meses depois, ao anunciar ser vice na chapa então encabeçada pelo ex-governador.

Marina defende itens como a manutenção das conquistas socioeconômicas dos governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, a inclusão da sustentabilidade na agenda e a garantia de aumento de produção do agronegócio sem riscos à floresta amazônica.

Além disso, destacar os pontos em comum entre os planos de governo, como o fim da reeleição e a reforma tributária, é uma forma de Marina convencer aliados da Rede mais reticentes ao apoio ao tucano e que preferem a neutralidade, a exemplo do que ocorreu em 2010. Naquele ano, a terceira colocada fez uma lista de dez itens de seu programa e a enviou tanto a José Serra e quanto a Dilma. Sem a resposta esperada dos concorrentes no 2.º turno, ficou neutra.

No domingo (5), em discurso após reconhecer a derrota, Marina deu a entender que não ficaria neutra de novo e que os brasileiros demonstraram “sentimento de mudança” nas urnas.

Entre os marineiros, é consenso de que os ataques da campanha petista impedem uma aproximação com Dilma. “Não há como conversar com o PT”, disse Sérgio Xavier, um dos assessores mais próximos de Marina. “A nova política é você se unir a partir de um programa de governo, e é isso que nós queremos fazer.”

A tendência entre os partidos aliados de Marina é apoiar Aécio. Já se manifestaram nesse sentido o presidente do PPS, Roberto Freire, que convocou reunião para hoje, e o do PSL, Luciano Bivar. Dirigentes de PHS, PPL e PRP também tendem a declarar adesão à campanha do tucano.

REUNIÃO:

No PSB, foi marcada para amanhã uma reunião da Executiva para se buscar um consenso sobre o 2.º turno. A Rede também discute o assunto amanhã.

Nesta segunda-feira, 6, porém, lideranças do PSB já começaram a indicar preferência por Aécio ou mesmo a declarar voto no tucano.

Mesmo o presidente nacional do partido, Roberto Amaral, aliado de longa data e ex-ministro de Luiz Inácio Lula da Silva, sinalizou que não seria contra o apoio ao candidato do PSDB. “O fundamental é estar envolvido em um processo de progresso, de crescimento. Às vezes um reacionário serve de avanço.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Blog da Folha
Texto: O Estadão Conteúdo
Imagem: Divulgação

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