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Nossa saudação e singela homenagem ao Garanhunense, Pernambucano, Brasileiro, mais arretado junto a Luíz Gonzaga, José Domingos de Morais, o “Dominguinhos”, nascido em Garanhuns em 12 de fevereiro de 1941 — (falecido em São Paulo, em 23 julho de 2013).
Dominguinhos
Foi instrumentista, cantor e compositor brasileiro. Exímio sanfoneiro, teve
como mestres nomes como Luiz Gonzaga e Orlando Silveira. Teve em sua formação
musical influências de baião, bossa nova, choro, forró, xote e jazz.
Oriundo
de uma família humilde e numerosa, eram ao todo dezesseis irmãos. O pai,
"mestre Chicão", era um conhecido sanfoneiro e afinador de
sanfonas e sua mãe era conhecida como "dona Mariinha", ambos
alagoanos.
Desde
menino José Domingos já se interessava por música, por influência do pai, que
lhe deu de presente uma sanfona de oito baixos. Aos seis anos de idade aprendeu
a tocar o instrumento e começou a se apresentar em feiras livres e portas de
hotéis em troca de algum dinheiro, junto com dois de seus irmãos, Moraes e
Valdomiro, formando o trio Os Três Pinguins. No início da formação, tocava
triângulo e pandeiro, passando depois a tocar sanfona. Praticava o
instrumento por horas a fio e tornou-se um exímio "sanfoneiro",
passando a ser conhecido em Garanhuns como "Neném do acordeon".
Conheceu
Luiz Gonzaga quando tocava no hotel em que este estava hospedado, em
Garanhuns. O hotel era o Tavares Correia e o trio, que sempre tocava
na porta, foi convidado naquele dia a tocar dentro do hotel para Gonzaga e seus
acompanhantes.
Luiz
Gonzaga se impressionou com a desenvoltura do menino e o convidou a ir ao Rio
de Janeiro, onde morava. Essa viagem aconteceria anos mais tarde, pois algum
tempo depois deste encontro, em 1948, Neném do acordeon foi para
Recife estudar.
Alguns anos depois, em 1954,
seu pai decide ir para o Rio de Janeiro procurar Gonzaga, devido às
dificuldades que passavam em Garanhuns. Junto com o pai, foi também o
menino Neném do acordeon, então com treze anos de idade, numa viagem de
pau de arara que durou onze dias. Foram morar em Nilópolis, onde já
estava o seu irmão Moraes.
Em
pouco tempo foram procurar Luiz Gonzaga, que morava no bairro do
Méier, zona norte do Rio de Janeiro. Este deu-lhe de presente uma sanfona
de 80 baixos logo neste primeiro encontro. A partir de então, o menino passou a
frequentar a casa de Gonzaga, o acompanhando em shows, ensaios e gravações.
Nos
anos seguintes, o menino que ainda era conhecido como Neném do acordeon,
passou a participar de programas de rádio e se apresentar em casas noturnas,
aprendendo outros estilos de música, como o chorinho, samba e outros estilos da
época.
Somente
em 1957, receberia o nome artístico de Dominguinhos dado pelo próprio
Gonzaga. Neste mesmo ano faz sua primeira gravação profissional, tocando
sanfona na música Moça de feira, com seu famoso padrinho artístico.
De
1957 a 1958, integra a primeira formação do grupo de forró Trio
Nordestino ao lado de Miudinho e Zito Borborema, que haviam
deixado o grupo que acompanhava Gonzaga. Neste mesmo ano de 1958 casa-se com
Janete, sua primeira mulher. Deste casamento nascem os filhos Mauro e
Madeleine.
Depois
de deixar o Trio Nordestino em 1958, continuou a se apresentar em programas de
rádio e casas noturnas, até gravar seu primeiro disco, o LP Fim de
festa em 1964.
Depois
de mais dois discos gravados, volta a integrar o grupo de Gonzaga em 1967,
viajando pelo nordeste e dividindo as funções de sanfoneiro e motorista. Em uma
dessas viagens, naquele mesmo ano, conhece uma cantora de forró, a pernambucana
Anastácia, com quem compôs mais de 200 canções, inclusive um de seus maiores
sucessos, Eu só quero um xodó, em uma parceria que durou onze anos.
Anastácia
revelou em 2013 que se arrependeu de ter destruído 150 fitas cassete com
melodias inéditas de Dominguinhos, depois de ter sido abandonada por ele.
A
sua integração ao grupo de Luiz Gonzaga fez com que ganhasse reputação como
músico e arranjador, aproximando-se de artistas consagrados dos movimentos
bossa nova e MPB, nos anos 70 e 80. Fez trabalhos junto a músicos de
renome, como Nara Leão, Gilberto Gil, Maria Betânia, Elba Ramalho, Chico
Buarque e Toquinho.
Acabou
por se consolidar em uma carreira musical própria, englobando gêneros musicais
diversos como bossa nova, jazz e pop.
No
final dos anos 70, Dominguinhos conhece a também cantora Guadalupe Mendonça, com
quem se casa em 1980. Deste casamento, nasceria uma filha, a cantora Liv
Moraes.
Em
decorrência de um tratamento contra um câncer de pulmão, que já durava seis
anos, Dominguinhos teve problemas relacionados a arretimia cardíaca e
infecção respiratória e foi internado no Recife em dezembro de 2012.
Um mês depois foi transferido para o Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.
No decorrer dos meses seguintes seu quadro se agravou, tendo sofrido várias
paradas cardíacas. Em março seu filho Mauro declarou à imprensa que o cantor
não deveria mais retornar docoma em que se encontrava, informação não
confirmada pelos médicos, que, segundo os boletins divulgados, afirmavam que
Dominguinhos estava minimamente consciente e apresentava leve quadro de
melhora.
Em
13 de julho, o cantor deixou a UTI, mas ainda permaneceu internado, com quadro
considerado estável.
Com
um novo agravamento no seu quadro, voltou para a UTI, onde morreu às 18h do dia
23 de julho de 2013, após sofrer complicações infecciosas e cardíacas.
Devido
a uma disputa judicial entre seus familiares, quanto ao local do sepultamento,
o corpo de Dominguinhos teve dois sepultamentos. O primeiro foi no Cemitério
Morada da Pazem Paulista , Região metropolitana do Recife, no dia 25
de julho de 2013.
Dois
meses depois, em 26 de setembro, seu corpo foi transferido para
Garanhuns , onde houve um novo sepultamento no mesmo dia,
no Cemitério São Miguel. O desejo de Dominguinhos era ser sepultado na sua
terra natal.
Da redação Sináculo;
Fonte: Wikipedia
Pesquisa: Gidi Santos
Imagens: Reprodução
Vídeo: Youtube Cezzinha
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