sábado, 24 de julho de 2010

PARALAMAS DO SUCESSO FOI RECORDE DE PÚBLICO




A noite na Esplanada Guadalajara bateu o recorde de público, ontem, quando Paralamas do Sucesso chegou a antecipar o horário do seu show, por conta da visita do presidente Lula ao camarote do governador Eduardo Campos. Lula chegou pouco depois do começo do show e a cena foi histórica para o povo de Garanhuns e para o próprio Festival de Inverno. A praça estava lotada como nunca esteve, em todos os dias de festa. A estimativa era de 60 mil pessoas. Antes mesmo da imagem do presidente chegar aos telões da praça, as pessoas já o tinham avistado e ovacionavam com gritos e palmas. Lula, tímido e visivemente emocionado, apenas acenou e sorriu. O delírio do público passou então a se dividir entre os hits do Paralamas do Sucesso e a movimentação de Eduardo Campos, ao lado de Renata Campos e Lula, que ficaram lado a lado, se divertindo com o show.
O apresentador do palco da Guadalajara, o comunicador Cláudio Ferrário, com muita habilidade, chamou o presidente para perto, o deixou à vontade para que “tomasse” o microfone e declamou uma poesia em sua homenagem. Lula, que já tinha avisado que não iria discursar, permaneceu entre sorrisos e acenos. Depois do show, ele percorreu outros camarotes, cumprimentou candidatos e pousou para muitas fotos. Mais cedo, num centro poliesportivo de Garanhuns, havia participado de evento político com diversas lideranças aliadas da campanha de Dilma Roussef. A presidenciável preferiu não comparecer ao show.
Por conta da visita do presidente ao camarote do FIG, o esquema de segurança foi rigoroso. Detector de metais e revista em bolsas foi feito em todos que tiveram acesso à área vip da festa. A chegada de Lula aconteceu pelo backstage do palco principal, onde um túnel dava acesso aos camarotes. Na volta, ele cumprimentou os músicos do Paralamas. No palco, Hebert Viana foi tão discreto quanto o presidente ao comentar sua presença na platéia do show. Referiu-se a Lula como o “torneiro mecânico” que virou presidente, mas não a ponto de cantar Luís Inácio (300 picaretas). Fez um show competente e potente como sempre, interagindo com a platéia apenas para perguntar se estavam cansados ou queriam mais. Cantou somente músicas conhecidas, de todas as épocas da banda: Alagados, Óculos, Trac trac, A novidade, Uma brasileira, Lanterna dos afogados, A lhe esperar, Romance ideal, Sonífera ilha, até o hit Manguetown, que gravou de Chico Science e Nação Zumbi.
Ficou com os olindenses da banda Eddie a missão de encerrar a noite, após tanta comoção coletiva. Houve uma pequena dispersão de público, mesmo assim a banda impôs seu ritmo e estilo. Segurou o público com músicas de todos os discos da banda e deu sequência a uma noite que vai ficar na memória dos garanhuenses como uma das mais emocionantes de toda a história do evento.

Por Michelle de Assumpção, da Redação do DIARIO DE PERNAMBUCO
*A repórter viajou à convite da Fundarpe

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