quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ô FUNDARPE, Ô FUNADARPE!!!

Seguinte,
Era só o que faltava: a FUNDARPE prestando “assessoramento jurídico na área cultural”  tendo “por finalidade orientar os grupos culturais acerca da proteção aos direitos autorais, procedimentos administrativos na leitura de contratos, convênios e editais e elaboração de projetos” nas “comunidades com alto índice de violência”. “Pois, só se consegue incentivo financeiro à cultura no Estado, hoje, por meio de todo um processo que requer um conhecimento da legislação da área. Os artistas precisam dar conta dessas exigências.”
Dá prá acreditar? Se é a FUNDARPE, dá!
Semana passada, a FUNDARPE promoveu uma “capacitação” sobre... sobre... sobre o quê mesmo? Cada documento distribuído (apostila, folder, slide, diploma...) tinha um título diferente... nem eles mesmos sabiam o que era... mas era algo relacionado a projetos. Elaboração de projetos... para artistas! É isso aí! Projeto de Ensino de Projeto para... Artistas. Ensinar artista a elaborar projetos.
Só a FUNDARPE para bolar um jeito destes de torrar dinheiro.
Imagine você: poetas, pintores, músicos, dançarinos, cantores, artesãos, passistas, porta-estandartes... aprendendo a fazer projetos!  
E com os “professores” que a FUNDARPE mandou para lá! Um horror! Um deles disse que qualquer coisa se divide em duas partes: uma de 80% e outra de 40%! Outro disse que para o cidadão pagar qualquer tostão à Receita Federal tem que ter diploma de Contador e estar em dia com o CRC! Ou... vocês sabem! Já o outro projetava um slide no telão, lia tropegamente, alertava que a informação ali contida estava ultrapassada e... passava a palavra ao “papagaio de pirata”, que repetia tudo meticulosamente.
Foi uma tortura, durante dois dias, ver e ouvir aqueles aprendizes de feiticeiro fingindo ensinar o que não sabem a um monte de gente fingindo aprender o que absolutamente não lhes interessa, em troca de míseros 220 reais que, dependendo da FUNDARPE, só Deus sabe quando vão receber.
FUNDARPE! Ô FUNDARPE! Acorda!
Artista que é artista, aquele cuja vida é uma luta incessante pela sobrevivência, não tem nem tempo nem interesse nem aptidão para essas “fricotagens” de burocratas não! Imagine: direito, economia, estatística, administração, marketing, finanças, contabilidade etc..., no lugar de sustenidos, bemóis... cordas, percussão, metais... gingados, malabarismos, rodopios etc....
Artista que é artista, na luta pela sobrevivência, ou faz arte ou faz projetos... projetos que, absolutamente, não são arte... apenas um ofício, ou melhor, nas atuais circunstâncias, uma artimanha para disfarçar o derrame de dinheiro público nas mãos e nos bolsos dos ... de sempre.
Ação real, concreta, útil, tempestiva, eficiente, eficaz, efetiva (o “professor” do curso de... de... de que mesmo?... não sabe a diferença!) em benefício do artista... tô pagando prá ver!
Democratização da formulação, da produção e da gestão, então, nem pensar! Cadê as “oitivas” ao “tecido cultural? Cadê as “convocatórias” prá isto e prá aquilo. Cadê as Comissões disto e daquilo? Cadê as Conferência, Fórus etc.? Cadê? Botaram a viola no saco! Ou será que o Governador do Estado finalmente assumiu o governo da Nação Cultural?!
A propósito, cadê o FUNCULTURA dos primos pobres?
Deve estar sendo carinhosamente “elucubrado” no escurinho dos gabinetes dos primos ricos, para servir como uma luva aos seus projetos, carinhosamente elaborados com abundância de tempo, informações (insides), assessoria, consultoria e tudo o mais que nunca estará à disponível aos simples mortais que perdem o seu tempo nos cursos de... de que mesmo?... em troca de uma esmola de 220 reais.
Sei não... até quando?
Mas desta vez será diferente!
Vamos olhar com lupa o edital (e impugná-lo total ou parcialmente, se for o caso!), vigiar de perto os procedimentos da Comissão (e denunciá-los se não forem transparentes e isonômicos) e publicar com a devida antecedência uma relação dos aprovados (produtores! não projetos!), tirada das edições anteriores, para conferência posterior.
Obrigado!
Um abraço,
Humberto Maia



cid:630004422@01112010-1164
Segunda, 01 de Novembro de 2010

Assessoria, que é gratuita, é uma parceria da UFPE e Fundarpe
Marcela Alves   



Artistas e lideranças de comunidades com alto índice de violência do Grande Recife poderão ter a garantia de um assessoramento jurídico na área cultural por meio de um Bureau de Direitos Culturais. O projeto é uma iniciativa promovida em parceira entre o Diretório Acadêmico Demócrito de Souza Filho, da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Uma ação do projeto Células Culturais, ligado ao Pacto pela Vida, que tem por finalidade orientar os grupos culturais acerca da proteção aos direitos autorais, procedimentos administrativos na leitura de contratos, convênios e editais e elaboração de projetos.
“Nós percebemos que há muita dificuldade de proteger e assessorar os grupos culturais. Após algumas pesquisas nós consolidamos a percepção de que há essa necessidade e essa demanda. Junto com a Fundarpe construímos a ideia do que seria o bureau”, comentou o coordenador de extensão do diretório acadêmico, João Marcelo Silva da Rocha. “Nós estamos indo ao encontro da demanda. Temos certeza da importância da discussão do tema. Pois, só se consegue incentivo financeiro à cultura no Estado, hoje, por meio de todo um processo que requer um conhecimento da legislação da área. Os artistas precisam dar conta dessas exigências”, completou a coordenadora do Programa Células Culturais, Irani do Carmo.   
O serviço, lançado há cerca de quinze dias, no anfiteatro da própria Faculdade de Direito, terá duas frentes de atuação: as oficinas sobre a temática nas comunidades e o atendimento na sede da Fundarpe. “A capacitação vai ser realizada numa escala maior, em caráter estruturador, a partir das oficinas nas comunidades, com o pressuposto de difundir, em linhas gerais, o objetivo desse trabalho, que será concretizado nos atendimentos de assistência jurídica presencial e online”, explicou a coordenadora do Programa Células Culturais, Irani do Carmo. O cronograma de oficinas ainda está sendo definido, mas os atendimentos à população já tiveram início na semana passada, às terças-feiras pela manhã e às quartas no período da tarde.  
Os dez alunos que participam da ação se prepararam com antecedência. Todos os integrantes do projeto passaram por capacitação com professores da UFPE, especialistas das áreas de abordagem do trabalho, e técnicos da Fundarpe. Os atendimentos serão realizados na sede da Fundarpe, na rua da Aurora, Centro, por duplas de estudantes. Durante os trabalhos os alunos serão orientados pelos professores Torquato Castro Júnior e Fady Torres. “Essa será uma experiência muito rica para o estudante de Direito, que terá a oportunidade de ampliar o conhecimento acadêmico a partir do difundido socialmente. E, a gente está muito bem assessorado e capacitado para dar início a esse projeto. Nós teremos todo o apoio necessário”, refletiu.     
De acordo com João Marcelo, ainda, não é possível precisar a amplitude que o projeto irá tomar. Mas, a expectativa é de que 400 artistas participem das oficinas. “Esse trabalho é muito importante para a consolidar as políticas públicas de cultura. Já percebemos um reconhecimento muito bom dos movimentos que mantivemos contato inicial”, disse João Marcelo. “Essa parceria é muito especial para a Fundarpe, pois a juventude está se integrando à discussão de programas governamentais que tem o foco de enfretamento à violência e, principalmente, naqueles que fortalecem e trazem aos produtores culturais, a possibilidade mais concreta de acesso ao fomento cultural”, afirmou Irani, desejosa do sucesso do projeto.


Com os cumprimentos de
Humberto Maia
(81) 3269-6569 3441-2343 9292-2209



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