segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

RENÚNCIA DO PAPA NÃO AFETARÁ JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE


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A renúncia do papa Bento XVI não vai interferir com os trabalhos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), prevista para ocorrer no Rio de Janeiro de 23 a 28 de julho de 2013. A afirmação partiu do arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta. "Os trabalhos, os preparativos da jornada continuam da mesma forma como estavam sendo realizados", afirmou nesta segunda-feira.

O papa Bento XVI deixará seu posto no dia 28, às 20h, informou nesta segunda-feira o próprio Vaticano, após a imprensa italiana divulgar o fato. De acordo com nota da agência, o próprio pontífice deu a informação, em latim, durante uma assembléia com cardeais em que se discutia um processo de canonização. É o primeiro papa a tomar essa decisão e renunciar voluntariamente em quase 600 anos.

O arcebispo fez o comentário após participar de celebração na Igreja Nossa Senhora de Lourdes, em Vila Isabel, zona norte do Rio. Aos jornalistas no local, Dom Orani leu trechos do texto de renúncia do papa, e agradeceu novamente a Bento XVI pela escolha do Rio de Janeiro como cidade sede da JMJ este ano.

O religioso explicou que, dada a magnitude e o porte da Jornada - um encontro internacional de jovens com o papa, de aproximadamente uma semana, realizado a cada dois ou três anos, desde 1984 - a presença do pontífice é imprescindível. Portanto, como Bento XVI deve renunciar em 28 de fevereiro, o seu sucessor deve vir ao evento. Ele preferiu não tecer especulações sobre quem seria o novo ocupante do Trono de São Pedro à frente da Igreja Católica. "Pode ser qualquer um dos 120 cardeais que participarão do conclave [para escolha do novo papa]", afirmou.

Em seu pronunciamento, Dom Orani pediu orações em agradecimento ao papa pela sua atuação no pontificado desde 2005. O religioso frisou que Bento XVI já mostrava sinais de saúde debilitada, como dificuldades de locomoção durante celebrações.

"Sua saúde não era mais a mesma [desde o início do pontificado até hoje]", afirmou. Ele observou ainda que a atitude de Joseph Ratzinger, nome de batismo do papa, pode ser considerada um exemplo. Na análise de Dom Orani, o papa percebeu que não poderia continuar com sua missão, devido talvez a motivos de saúde mais debilitada - por isso decidiu abrir espaço para alguém que o possa fazê-lo. "Vamos rezar por ele", finalizou.

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