terça-feira, 28 de maio de 2013

ATIVISTAS DENUNCIAM VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS NOS PREPARATIVOS PARA A COPA DO BRASIL


Entre os problemas causados estariam os deslocamentos forçados de comunidades, a destruição de patrimônio cultural, a supressão de direitos de idosos e estudantes e abusos policiais cometidos em prol da segurança

Publicação: 28/05/2013 08:50 Atualização: 28/05/2013 09:36

A Arena Pernambuco foi construída em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife. (Nando Chiappetta/DP/D.A Press.)
A Arena Pernambuco foi construída em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife.
Nesta terça-feira, vítimas e ativistas pretendem denunciar às Nações Unidas (ONU) casos de violação aos direitos humanos que estariam sendo cometidos no Brasil durante as obras relacionadas aos preparativos para a Copa do Mundo em 2014 e Jogos Olímpicos em 2016. Os fatos serão relatados durante a 23ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que acontece em Genebra.
A manifestação foi organizada por entidades de pessoas afetadas pelas obras e por um grupo de defesa aos direitos humanos, a Conectas. O objetivo é chamar a atenção internacional e pedir que os governos estrangeiros pressionem para frear obras que estejam criando consequências sociais negativas.
Entre os problemas causados estariam os deslocamentos forçados de comunidades, a destruição de patrimônio cultural, a supressão de direitos de idosos e estudantes, abusos policiais cometidos em prol da segurança e uma longa lista de outras violações semelhantes em decorrência dos megaeventos.
Para a Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop), pelo menos 200 mil pessoas estariam passando por despejos relacionados aos eventos, o que corresponde a quase um em cada mil brasileiros sem nenhuma forma de reassentamento, ou com valores muito pequenos de compensação financeira ou ainda forçados a se mudar para áreas até 30 km distantes de suas antigas moradias.

Espera-se uma recomendação ao governo brasileiro para a criação de um plano nacional de reparações e um protocolo que garanta os direitos humanos em caso de despejos causadas por grandes eventos e projetos.

Diário de Pernambuco

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