33 ANOS DA EXPLOSÃO NA AVENIDA SANTO ANTONIO
Avenida Santo Antonio logo após a explosão. |
de 1980. Poderia ter sido um dia como outro qualquer, se a ele não estivéssemos
comemorando o Dia de Corpus Christi, quando a barraca de vender fogos pertencente
ao senhor Protásio Gomes de Azevedo, conhecido por Tarzinho, motivada por um
curto circuíto em suas instalação elétrica, explodiu e em menos de dez segundos
explodiu uma segunda barraca pertencente ao senhor José Alves da Silva Filho,
conhecido por José Barroso.
Ambas as barracas vendiam fogos de artifício e haviam sido armadas sobre a marquise
que serve de cobertura para o Bar "O Colunata", local central da cidade.
A explosão provocou um deslocamento de ar num raio de ação de mais ou menos quinhentos
metros, cujo impacto arrancou o teto de várias casas comerciais localizadas na Avenida Santo
Antonio, quebrando as vidraças e portas de várias delas.
A mais atingida foi a Veneza Americana, pertencente ao senhor Silvio Apolinário que
teve as portas arrancadas e as mercadorias totalmente danificadas.
O setor bancário também sofreu terríveis danos, sendo que o mais atingido foi o Banco
do Brasil que teve o forro de gesso dos dois andares totalmente danificados, dando a
impressão de que havia sido ele decorado para uma baile de São João.
O Cinema Jardim, que ficava localizado na praça do mesmo nome, teve o forro da
marquise e do salão de espera também destruído. A placa de cimento armado a ferro
que cobre os boxes ficou parcialmente destruídos.
Na catástrofe morreram quatro pessoas e trinta e oito ficaram feridas. Esta foi a
segunda maior catástrofe acontecida em Garanhuns. A primeira foi a Hecatombe
de 1917, por questões políticas, tendo morrido na ocasião mais de dez pessoas.
Nesta calcula-se uma prejuízo de aproximadamente cinquenta milhões de cruzeiros.
O então Prefeito, Sr. Ivo Amaral ao ter conhecimento do lamentável acontecimento comunicou
-se imediatamente com o Governador do Estado e todas as Secretarias de Governo.
Meia hora depois do acidente a Avenida Santo Antônio ficou sob controle das
autoridades militarers que tomaram todas as providências necessárias ao socorro às vítimas
e para evitar incêndio nas casas comerciais e bancos.
É conveniente se ressaltar o trabalho desempenhado pelo 71º B.I. e 4º Companhia
de Polícia que imediatamente enviaram seus soldados e num trabalho constante
amenizaram o sofrimento de todas população.
Também prestaram inestimáveis socorros a Prefeitura desta cidade que por
determinação de Ivo Amaral foram colocados em ação todos os engenheiros,
trabalhadores, secretários e os veículos do município, a Câmara Municipal,
a Rádio Difusora que num trabalho de esforço e profícuo tranquilizou a população,
a Celpe que imediatamente procurou através de seus eletricistas, consertar a rede
de energia, prefeitos da região que vieram se solidarizar com o colega chefe do
executivo local e o povo em geral que num espírito de solidariedade não saiu da
praça durante todo o dia.
Garanhuns viveu naquela quinta-feira, dia Corpus Christi, o mais terrível drama de sua história.
A nossa população de cento e vinte mil almas ficou totalmente traumatizada.
Por volta das 13:30h chegou a esta cidade o Governador Marco Maciel, acompanhado
dos Secretários José Tinoco, da Secretaria de Trabalho e Ação Social, Djalma Oliveira,
da Secretária da Saúde e vários assessores do Governo.
Na ocasião e no local do sinistro o Governador Marco Maciel prometeu toda ajuda necessária
as vítimas e aos que sofreram danos material.
(Reportagem do Professor e Jornalista José Rodrigues da Silva(saudosa memória),
para o Jornal "O Monitor" em junho de 1980 -
Foto: Avenida Santo Antônio após a explosão).
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