quinta-feira, 30 de maio de 2013

RELEMBRAMOS, COM MUITA TRISTEZA, OS 33 ANOS DA EXPLOSÃO NA AVENIDA SANTO ANTONIO

33 ANOS DA EXPLOSÃO NA AVENIDA SANTO ANTONIO


Avenida Santo Antonio  logo  após a explosão.
Tudo começou às oito horas e trinta minutos de quinta-feira, dia 05 de junho
 de 1980. Poderia ter sido um dia como outro qualquer, se a ele não estivéssemos 
comemorando o Dia de Corpus Christi, quando a barraca de vender  fogos pertencente
 ao senhor Protásio  Gomes  de Azevedo,  conhecido por Tarzinho, motivada  por um 
 curto  circuíto  em suas  instalação elétrica, explodiu e em menos    de dez segundos  
 explodiu   uma segunda  barraca  pertencente ao senhor  José Alves  da Silva  Filho, 
conhecido por José Barroso.
Ambas as barracas  vendiam  fogos de artifício e haviam sido  armadas sobre a marquise
 que serve de cobertura para o Bar "O Colunata", local central da cidade.
 A explosão provocou um deslocamento de ar num raio de ação de mais ou menos quinhentos 
metros, cujo impacto arrancou o teto de várias casas comerciais localizadas na Avenida Santo
 Antonio, quebrando as vidraças e  portas de várias delas.
A mais atingida foi a Veneza Americana, pertencente ao senhor Silvio Apolinário que
 teve as portas arrancadas e as mercadorias totalmente danificadas.
O setor bancário também sofreu terríveis danos, sendo que o mais atingido foi o Banco
 do Brasil que teve o forro de gesso dos dois andares totalmente danificados, dando a 
impressão de que havia sido ele decorado para uma baile de São João.
O Cinema Jardim, que ficava localizado na praça do mesmo nome, teve o forro da 
marquise e do salão de espera também destruído. A placa de cimento armado a ferro
 que cobre os boxes ficou parcialmente destruídos.
Na catástrofe morreram quatro pessoas e trinta e oito ficaram feridas. Esta foi a 
segunda maior catástrofe acontecida em Garanhuns. A primeira foi a Hecatombe 
de 1917, por questões políticas, tendo morrido na ocasião mais de dez pessoas. 
Nesta calcula-se uma prejuízo de aproximadamente cinquenta milhões de cruzeiros. 
O então Prefeito, Sr. Ivo Amaral ao ter conhecimento do lamentável acontecimento comunicou
-se imediatamente com o Governador do Estado e todas as Secretarias de Governo. 
Meia hora depois do acidente a Avenida Santo Antônio ficou sob controle das
 autoridades militarers que tomaram todas as providências necessárias ao socorro às vítimas
e  para evitar incêndio nas casas comerciais e bancos.
É conveniente se ressaltar o trabalho desempenhado pelo 71º B.I. e 4º Companhia 
de Polícia que imediatamente enviaram seus soldados e num trabalho constante
 amenizaram o sofrimento de todas população.
Também prestaram inestimáveis socorros a Prefeitura desta cidade que por
 determinação de Ivo Amaral foram colocados em ação todos os engenheiros,
 trabalhadores, secretários e os veículos do município, a Câmara Municipal,
 a Rádio Difusora que num trabalho de esforço e profícuo tranquilizou a população,
 a Celpe que imediatamente procurou através de seus eletricistas, consertar a rede
 de energia, prefeitos da região que vieram se solidarizar com o colega chefe do
 executivo local e o povo em geral que num espírito de solidariedade não saiu da
 praça durante todo o dia.
Garanhuns viveu naquela quinta-feira, dia Corpus Christi, o mais terrível drama de sua história. 
A nossa população de cento e vinte mil almas ficou totalmente traumatizada.
Por volta das 13:30h chegou a esta cidade o Governador Marco Maciel, acompanhado
 dos Secretários José Tinoco, da Secretaria de Trabalho e Ação Social, Djalma Oliveira,
 da Secretária da Saúde e vários assessores do Governo.
Na ocasião e no local do sinistro o Governador Marco Maciel prometeu toda ajuda necessária 
as vítimas e aos que sofreram danos material.
(Reportagem do Professor e Jornalista José Rodrigues da Silva(saudosa memória), 
para o Jornal "O Monitor" em junho de 1980 - 
Foto: Avenida Santo Antônio após a explosão).

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