domingo, 11 de agosto de 2013

NOTA DE ESCLARECIMENTO DA SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SOBRE REPORTAGEM VEICULADA ONTEM NO GLOBO REPÓRTER


O Governo Municipal de Garanhuns tem ciência do problema de trabalho infantil, existente nas feiras livres do município. A Secretaria de Assistência Social vem atuando de maneira direta na prevenção da situação. Servidores ligados ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e o Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil (PETI) elaborou um Plano de Ação Emergencial. Cerca de 20 pessoas vêm se empenhando, neste segundo semestre, na divulgação de materiais educativos para a conscientização da população e das próprias crianças feiras livres da cidade. O trabalho foi iniciado em duas feiras, sendo elas a Central de Abastecinento de Garanhuns, a Ceaga, e a das avenidas Djalma Dutra e Oliveira Lima, no bairro Heliópolis. Faixas foram colocadas nas principais vias, panfletos distribuídos e carros de som passaram pelos locais de atuação e trabalho continua de forma intensa. Na semana passada, foi elaborado um Plano de Trabalho, junto a Procuradoria, Secretaria de Agricultura, Conselho Tutelar, Secretaria de Cultura, Secretaria de Turismo, Secretaria de Educação, Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania, Diretoria de Esportes e Secretaria de Comunicação Social.

A Secretaria de Assistência Social esclarece ainda que o problema não é pontual, mas sim antigo e regional. Foi identificado que existem muitas crianças, trabalhando nas feiras, de outros municípios vizinhos, juntamente com os próprios feirantes.

Para conseguir obter sucesso nas campanhas e projetos sociais, é necessário o apoio de toda a sociedade para prevenir o trabalho infantil em Garanhuns. 

Atenciosamente,

Informações para a imprensa:

Cloves Teodorico Neto  
Assessor de Comunicação Social e Imprensa da Secretaria de Assistência Social




Globo Repórter mostra trabalho infantil em Garanhuns

Na feira de Garanhuns, no agreste de Pernambuco, a mão-de-obra infantil é explorada sem qualquer disfarce, numa naturalidade assustadora. São centenas de meninos e meninas cada vez menores, cada vez mais novos.

Quando o dia amanhece, começa a correria na feira de Garanhuns, no agreste de Pernambuco. Poderia ser em qualquer feira do interior do Nordeste. A rotina é muito parecida até no seu lado mais triste.

Lá, a mão-de-obra infantil é explorada sem qualquer disfarce, numa naturalidade assustadora. São centenas de meninos e meninas cada vez menores, cada vez mais novos.

Três primos e o mesmo sacrifício: empurrar o carrinho cheio de compras em troca de uma moeda pra cada um. A recompensa é pequena. Leonardo, o mais velho, de 7 anos, trabalha descalço.

Os meninos mais novos, mais franzinos não conseguem empurrar o carrinho de mão comum, mas nem por isso estão livres do trabalho precoce. Eles usam um carrinho menor.

Mesmo assim, José Victor, de 8 anos, tem dificuldade para manobrar a principal ferramenta de trabalho. Ele apoia o carrinho nos ombros pra dar conta.

Muitos meninos carregam e esperam para levar as mercadorias. O trabalho nas feiras livres é o que envolve maior número de crianças e adolescentes em Pernambuco. Lá, entre barracas de lona, a infância é tratada como uma mercadoria sem valor.

Um pesadelo que ignora a infância por completo. Duas meninas, que são primas, descascam o feijão de corda com uma agilidade impressionante - sinal de que estão acostumadas com a tarefa. Com apenas 10 e 12 anos de idade, já são veteranas no trabalho na feira.
Globo Repórter: Desde quando você trabalha?
Menina: Desde os 6 anos de idade.
Globo Repórter: Quem te levou pra trabalhar?
Menina: Minha mãe.

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