Elane diz que conciliará revisões com os cuidados da filha (Foto: Pedro Santiago/G1)
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), do
Ministério da Educação, confirmou nesta terça-feira (29) que a jovem
Elane da Silva, candidata que entrou em trabalho de parto durante o
primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), terá
uma nova chance de fazer o exame nos dias 3 e 4 de dezembro, quando será
aplicado nas unidades prisionais para pessoas privadas de liberdade. No
entanto, o MEC assegura que a piauiense não precisará fazer os testes
em nenhum presídio.
Elane disse ter ficado satisfeita com a nova data e a rapidez de seu
anúncio. “Fiquei muito feliz com essa notícia de que vou poder fazer a
prova. Assim, vou aproveitar esse tempo restante e estudar mais um pouco
para conseguir entrar na universidade”, disse.
Casada com um professor de física, a jovem afirma que dará um jeito de
conciliar os cuidados de sua filha recém nascida, com as revisões que
pretende fazer. “Vou cuidar da Luna e estudar com ajuda do meu marido,
que me ensina as matérias das áreas de exatas”, conta a estudante que
pretende concorrer a vagas para os cursos de administração e
biblioteconomia da Universidade Estadual do Piauí (Uespi).
O caso de Elane foi citado pelo ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, durante o balanço do primeiro dia de provas do Enem. Na
ocasião ele disse que a situação seria avaliada pelo INEP. Nesta
terça-feira (29) o instituto confirmou a nova oportunidade.
“Em casos de força maior, os candidatos tem o direito de realizar
novamente o Enem, em condição de contingência. Nesses casos, a prova
ocorre na mesma data do Enem para privados de liberdade. Porém, em
locais diferentes”, afirmou o Inep em nota.
Entenda o caso
No dia 26 de outubro em Teresina, meia hora após o início das provas do exame, Elane começou a sentir dores e pediu para ir ao banheiro. "Pedi para ir ao banheiro e quando cheguei lá percebi que a bolsa tinha rompido. Logo chamei o fiscal de prova pedindo ajuda. Como eu já sabia que a qualquer hora podia sentir as dores, minha mãe e minha cunhada ficaram do lado de fora da escola me esperando", conta.
O caminho até a chegada da criança, no entanto, não foi fácil. Por volta das 13h, Elane foi atendida e passou por uma 'peregrinação' até encontrar uma vaga no sistema público de saúde.
No dia 26 de outubro em Teresina, meia hora após o início das provas do exame, Elane começou a sentir dores e pediu para ir ao banheiro. "Pedi para ir ao banheiro e quando cheguei lá percebi que a bolsa tinha rompido. Logo chamei o fiscal de prova pedindo ajuda. Como eu já sabia que a qualquer hora podia sentir as dores, minha mãe e minha cunhada ficaram do lado de fora da escola me esperando", conta.
O caminho até a chegada da criança, no entanto, não foi fácil. Por volta das 13h, Elane foi atendida e passou por uma 'peregrinação' até encontrar uma vaga no sistema público de saúde.
Primeiro ela foi levada em uma ambulância para o Hospital do Buenos
Aires, onde não havia vagas. Por volta das 17h, Elaine foi encaminhada
para a unidade neonatal do Promorar, onde teve sua primeira filha. Luna
Kimberly da Silva nasceu às 3h50 do domingo (27) pesando 3,160 kg e
medindo 49 cm.
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