O Governo de Pernambuco,
através da Secretaria de Cultura, iniciará,
no dia 16 de dezembro de 2013 às 8h, o processo
de tombamento do acervo particular do
ex-governador Miguel Arraes. A cerimônia
que oficializará o processo ocorre no Instituto Miguel
Arraes, recebendo [ as presenças do
governador Eduardo Campos-neto do ex-governador,
do secretário de Cultura, Marcelo Canuto,
do secretário da Casa Civil,
Tadeu Alencar, entre outras autoridades e
familiares.
Com 270 mil itens,
entre livros, cartas, discursos, recortes
de jornais, fotografias do acervo particular,
imagens em VHS, DVD’s, projetos, teses
e monografias, o acervo começou a ser
formado a partir da década de 1930, quando o exgovernador Miguel Arraes ingressou no serviço público e passou a arquivar uma infinidade de documentos, entre eles, 3,5 mil cartas
recebidas e enviadas a familiares, líderes
políticos, religiosos e intelectuais, a
exemplo de Luís Carlos Prestes, Fidel
Castro, João Goulart e o Papa João
Paulo VI, Caetano Veloso, Geraldo Vandré
e Carlos Drummond de Andrade, todas escritas durante o exílio, que perdurou por 14 anos, entre 1965 e 1979.
Do período em que passou exilado na Argélia e na França, o acervo conta com aproximadamente
86 mil itens guardados durante anos
em Paris e repatriado há dez anos. Esses documentos
são inéditos e
contêm detalhes históricos de um período
pouco documentado, incluindo pontos de vista
dos perseguidos Chamam a atenção no
acervo cerca de mil discos de vinil,
200 CDs e aproximadamente cinco mil
horas de gravações em DVDs e VHs.
Além de obras de arte ofertadas por artistas e líderes ao exgovernador, assinadas por Cícero
Dias, Abelardo Da Hora, Guita Charifker,
José Cláudio, além do seu filho,
Maurício Arraes. O Instituto Miguel Arraes
também guarda presentes recebidos por
líderes mundiais, tais como Fidel Castro,
Salvador Allende e Para o secretário de Cultura, Marcelo Canuto, o tombamento do acervo físico deixado
pelo exgovernador Miguel Arraes é essencial
para se preservar um importante momento
da recente história política brasileira.
“No exílio, ele extrapolou seu território.
Pedir a guarda desses documentos é
também auxiliar gerações futuras a compreender a história de Pernambuco e do Brasil”, destacou o secretário.
O Instituto Miguel Arraes foi criado logo após a morte do exgovernador, em 13
de agosto de 2005, pela viúva do exgovernador, Magdalena Arraes, familiares e
colaboradores. A partir do início do processo de tombamento todo o acervo passa
a ter garantida sua preservação. Hoje,
boa parte dos
documentos encontrase em processo de digitalização, o que assegurará a preservação.
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