No
dia em que a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade
Racial, Luiza Bairros, veio ao Recife para um encontro nacional de
enfrentamento ao racismo, um relato do representante da Comissão Estadual de
Comunidades Quilombolas e presidente da Associação da Comunidade Quilombola de
Castainho, de Garanhuns, José Carlos Lopes, mostrou que Pernambuco ainda está
distante do ideal quando o assunto é preconceito racial.
O
líder está há 50 dias afastado da comunidade onde nasceu e vive sob proteção
policial no Recife desde que começou a receber ameaças anônimas e xingamentos
de cunho racista. A ministra garantiu que vai acompanhar a situação do homem
que defende os direitos das 400 famílias que vivem na comunidade. “Precisamos
superar a sensação de perplexidade e pensarmos em como devemos agir”, pontuou a
ministra Luiza Bairros.
José
Carlos foi um dos pioneiros do Movimento Negro em Garanhuns. Já na década de 80
atuou junto à Comissão Pastoral da Terra (CPT), que teve o apoio da Igreja
Católica na organização social e étnica. A comunidade Quilombola Castainho
acendeu a organização dos remanescentes que ainda não haviam despertado para a
causa das demarcações territoriais. Essa organização rendeu hoje ao município,
o surgimento de 5 Quilombolas que muito têm se destacado no cenário
Pernambucano e no próprio Movimento Nacional de Comunidades Remanescentes
Quilombolas.
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