Com o falecimento do ex-governador Eduardo Campos, as atividades da VII
Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco, que aconteceriam a partir
de ontem e irão até 22 de agosto – com ações no Recife, Olinda e Caruaru
– foram adiadas para o dia de hoje e outras canceladas (confira abaixo a
nova programação completa). O eixo central do encontro são as
discussões é a integração entre patrimônio material e imaterial dentro
dos variados aspectos que permeiam a preservação do patrimônio cultural
pernambucano e tem como tema “Patrimônio cultural: limites, caminhos e
inovações”. A Semana do Patrimônio é uma promoção do Governo do Estado,
através da Secretaria de Cultura e Fundarpe.
As atividades festivas que aconteceriam no domingo (17), incluindo o
Jogo do Patrimônio e o Arrastão do Frevo, com desfile de diversas
agremiações pela cidade, foram canceladas. As exposições Pernambuco
Vivo, de fotografias, e Acessibilidade e Educação Patrimonial nos
Patrimônios de Pernambuco, que seriam abertas também no domingo, na
Torre Malakoff, foram transferidas para a terça-feira (19), quando a
programação de seminários e oficinas ocorre normalmente.
A programação da semana reunirá atividades que contemplam a diversidade
de visões, enfoques, práticas e experiências. A sétima edição está sendo
dedicada ao poeta, escritor e dramaturgo Ariano Suassuna. De acordo com
a programação original do evento, a abertura oficial, na segunda-feira
(18), no Teatro Arraial – espaço criado e inaugurado por Ariano em 1997 –
seria de palestra e apresentação artística em sua memória. Após o
trágico acidente que vitimou o ex-governador Eduardo Campos e seus
assessores, este momento foi adiado para uma nova data, que será
definida no decorrer da Semana do Patrimônio.
Para o secretário de Cultura Marcelo Canuto, a Semana do Patrimônio,
como parte de uma política pública voltada para este segmento da
Cultura, tem ainda o objetivo de ampliar a discussão da importância do
patrimônio cultural para a sociedade que, mais recentemente, vem
levantando diversos questionamentos do que deve, ou não, ser objeto de
preservação. “É uma oportunidade ímpar de se inteirar mais e melhor
sobre o assunto”, pontua Canuto.
“Não há como pensar qualquer prática da vida cultural, seus saberes e
fazeres, sem os seus suportes materiais, assim também, não há como
pensar qualquer edificação ou lugar sem vinculá-lo às práticas e
significados que o produziram e o significam”, destaca o presidente da
Fundarpe Severino Pessoa. Desta forma, a VII Semana do Patrimônio
Cultural de Pernambuco propõe pensar os caminhos percorridos (e a
percorrer) na prática da preservação do patrimônio cultural a partir da
união entre o tangível e o intangível, os aspectos materiais e
imateriais da vida social.
DATA HISTÓRICA – O Dia Nacional do Patrimônio Histórico, que sempre é
comemorado em 17 de agosto, marca o nascimento do advogado, jornalista e
escritor Rodrigo Melo Franco de Andrade, o primeiro presidente do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), criado
no Governo do presidente Getúlio Vargas, em 1937. O evento tem atraído
cada vez mais um público variado, não apenas de estudiosos e
trabalhadores da área; e se consagrado como um espaço de debates,
interdisciplinar e interinstitucional, sobre as mais diversas questões
julgadas essenciais para a compreensão das formas de constituição,
valorização, reconhecimento e preservação dos patrimônios culturais.
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