O
PSB divulgou na tarde de ontem (06) nota onde defende Eduardo Campos de
participação em suposto esquema de propina entre empreiteiras e a
Petrobras. O nome do ex-governador foi citado por Paulo Roberto Costa,
ex-diretor da Petrobras, e preso desde março, em reportagem-bomba
divulgada pela revista Veja que circula no país.
NOTA OFICIAL
O
Partido Socialista Brasileiro, desde as primeiras denúncias de
corrupção na Petrobrás, defendeu, sob a liderança de seu então
presidente, Eduardo Henrique Accioly Campos, a instalação de CPI para
investigar as denúncias de negócios escusos envolvendo a maior empresa
brasileira - fruto de luta de anos, na qual os socialistas estiveram
sempre à frente, ombro a ombro com os trabalhadores e demais forças
nacionalistas.
Eduardo,
ainda em março deste ano, formulava fundadas críticas à administração
anti-republicana de nossa maior estatal, de importância estratégica para
qualquer projeto de desenvolvimento e soberania do nosso país.A
desmoralização da Petrobrás só interessa aos que ainda perseguem a
desnacionalização do pré-sal.
Já
como pré-candidato à presidência da República, Eduardo defendeu, e
nesse sentido orientou nossos parlamentares, a inclusão das obras da
refinaria Abreu e Lima como um dos itens a serem investigados pela CPI -
para cuja constituição, aliás, contribuíram nossas bancadas.O esquema
perverso engendrado para desgastar a imagem de Eduardo Campos tem origem
no espectro da derrota próxima daquelas forças que há 20 anos
sustentam uma polarização política artificial, cujo único objetivo é
assegurar o poder pelo poder, usufruído de forma indecorosa, como sabe a
sociedade brasileira.
A imprensa desta data associa, ainda que de passagem, o nome de Eduardo a
uma malta de velhas e conhecidas raposas da velha política, no esquema
sujo de corrupção na Petrobrás, comandado e administrado pelo
engenheiro Paulo Roberto Costa – nomeado por um consórcio constituído
pelo PT, PMDB e PP - em busca do recurso da ‘delação premiada’ que,
mediante acordo com o MP, poderá reduzir-lhe as penas de prisão de que
não se livrará. A reportagem de uma revista semanal registra, sem haver
tido acesso ao conteúdo do depoimento, uma referência solta do depoente a
Eduardo. Essa matéria, com pequenas variáveis, é reproduzida pelos
demais veículos gráficos.
Não
há acusação digna de honesta consideração.Há, apenas, malícia. Não soa à
toa a ameaça feita, em 11 de abril de 2014, veiculada na imprensa
escrita e depois amplificada em portais e blogs, do presidente do
Senado, Renan Calheiros, de incitar os governistas a, segundo suas
palavras, “usar a CPI da Petrobrás para desgastar o ex-governador
Eduardo Campos, provável adversário de Dilma Rousseff em outubro”. É o
que se vê hoje...
Morto,
Eduardo Campos não pode se defender. Mas seu Partido o fará, em todos
os níveis, políticos e judiciais, no cível e no criminal, e para esse
efeito já está requerendo acesso ao conteúdo integral do depoimento do
administrador da corrupção na Petrobras.
Os
socialistas não conhecem o medo nem o recuo. Continuaremos nossa
campanha eleitoral que já se avizinha como vitoriosa – para o desespero
dos muitos que não mais poderão explorar os recursos públicos em
proveito pessoal e de projetos político-partidários. Permaneceremos,
como sempre, fiéis defensores do monopólio estatal do petróleo, em
defesa da Petrobrás e em defesa do pré-sal como elementos essenciais de
nosso projeto de independência e soberania nacional. Mas não
descuidaremos do combate à corrupção.
Não
descansaremos enquanto a Petrobrás não se livrar dos que, por dentro
dela, roubam-na para assim alimentarem a má política. É a homenagem que
devemos à memória de Eduardo Campos.
Roberto Amaral
Presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro''
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