quarta-feira, 15 de outubro de 2014

GARANHUNS SEM GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA; RELFEXO É UMA SOCIEDADE ABANDONADA NA PERIFERIA

Filhos de Helena são deixados na creche para não passar fome.

Uma mulher que atende pelo nome de Helena protagonizou um momento de intensa comoção na tarde da última terça-feira (7) em Garanhuns. Ela Reside no Bairro do Parque Fênix, periferia da cidade e vive uma situação de extrema pobreza e miserabilidade. Helena foi em busca da rádio 87 FM - do Grupo HC comunicação – solicitou espaço para pedir ajuda. Pereira Filho, apresentador do Programa Combate, de pronto fez coro e deu voz a mulher. Dona Helena esclareceu que é de família extremamente humilde, mãe de 3 filhos foi abandonada pelo Marido há cinco anos. Sem ter o que comer e sem trabalho, deixa os filhos sob os cuidados de uma creche na cidade, única fonte de ajuda.

Diante do pedido de ajuda, pessoas se solidarizaram e de maneira prestativa levaram a ela mantimentos e recursos financeiros. As pessoas que ajudaram Helena pediram por uma não veiculação de seus nomes, coisa que faremos.

Em visita a casa, observamos que se trata de uma construção antiga, sem estrutura, aparentemente em risco. Num espaço que cabe cinco pessoas, vivem com todas as necessidades inerentes. “O aluguel é alto e nem sempre há condições de pagá-lo”, alega Helena.


O Bairro Parque Fênix, distante aproximadamente 5 quilômetros do centro comercial de Garanhuns, não oferece muitas oportunidades. Há pequenas empresas, especificamente do ramo de reparo e manutenção hidráulicos de veículos automotores, prática inteira e mais efetivamente realizada por homens. Sem opção, dona Helena diz “Não sei o que fazer, não encontro um caminho, parece que estou sem direção”.

SAÚDE NO PARQUE FÊNIX:

Dona Helena afirmou à nossa redação que naquela localidade o trabalho de saúde prestado pelo município é extremamente precário, bem como o trabalho da Ação Social. “Estou esperando uma assistente social há mais de 6 meses”. “Consultas médicas no posto de saúde é outro problema, a espera é longa, além do mau atendimento que recebemos”, finalizou a mulher.

Ainda sobre rotina vivida naquela localidade, Helena citou a falta de segurança vivenciada. Ela diz ser comum a realização de crimes de pequeno porte e revela mais adiante a preocupação que tem frente a ações criminosas impostas a ela.
                                                                                            
                                                                                          Foto: Helena a esquerda
          
          FALA GIDI SANTOS:

Dados numéricos traduzem fielmente o momento que vive o país e por assim dizer Garanhuns. A construção Civil, atividade que mais emprega no Brasil, obteve retrocesso. Incentivo a investimento privado, nem se fale, pois os dados são alarmantes. Cada vez que uma pessoa pensa em ser investidor independente para na dificuldade e burocracia brasileira. Garanhuns não muito distante segue esse rumo.

Dona Helena é um retrato original de uma sociedade marginalizada, abandonada por políticas públicas sérias. Há muitas Helenas no Manoel Chéu, Várzea, Indiano, Massaranduba, Cohab. O que não há é disposição, vontade política e postura de gestão em Garanhuns.

Assim estamos fadados há uma convivência constante de separação de “classes”, uma periferia subordinada, amedrontada e marginalizada e a “dominante”, burguesa capitalizada. Dessa forma o olho periférico vislumbra os “dominantes” afastados e em seus altos pedestais como “Titãs”, semideuses.

Da redação Sináculo;
Texto: Gidi Santos
Edição de Texto: Selma Melo
Imagens: Gidi Santos

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