Após
o resultado das eleições neste domingo, o PT prepara-se para enfrentar novamente
o PSDB em uma eleição presidencial no segundo turno e envia recados aos
eleitores de Marina Silva (PSB), terceira colocada. O discurso de Dilma
Rousseff feito agora há pouco já sinalizou o tom de sua campanha eleitoral nas
próximas semanas de convidar os partidos e lideranças que ganharam “força e
representatividade” nos últimos 12 anos em que o partido governou o país.
Para
o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, é uma
“evidência” que o partido vai procurar Marina Silva e cortejar seus eleitores.
Gilberto Carvalho estava de férias nas últimas semanas para se dedicar à
campanha de Dilma e retorna nesta segunda-feira (5) ao governo, onde pretende
“repensar” se vai afastar-se novamente do cargo para o segundo turno.
Gilberto
Carvalho afirmou, após o discurso de Dilma , que a militância e o eleitorado de
Marina tem “grande proximidade” com a campanha petista e elogiou a
ex-adversária. “Nós temos uma avaliação do papel importante que a Marina
cumpriu. Ela deu uma contribuição enorme, uma politização da campanha, levantou
temas importantes. A coragem de ter levantado um programa foi fundamental
porque gerou um debate. Acho que foi fundamental. A campanha seria outra sem a
Marina”.
Miguel
Rossetto, que há um mês também deixou o Ministério do Desenvolvimento Agrário
para integrar a coordenação da campanha, diz que pretende continuar fazendo uma
campanha “politizada”, com ideias e compromissos claros com o futuro do país.
“Nós
vamos manter estratégia de afirmar nossa história, nossas conquistas, o novo
Brasil que sai a partir de 12 anos de trabalho dos nossos governos. O Brasil
mudou, mudou muito e mudou para melhor, e é este Brasil que quer continuar
mudando a partir da liderança da presidenta Dilma Rousseff”, disse.
Rossetto
negou que o partido tenha feito uma campanha baseada em ataques a Marina Silva
e disse acreditar que o primeiro turno das eleições teve um “intenso debate
político, programático e correto”, com clareza de ideias. Para Rossetto,
somente com a ampliação do diálogo será possível angariar apoio em regiões onde
a candidata não teve uma eleição expressiva.
Para
Gilberto Carvalho, a disputa com Aécio é mais clara no sentido de ser contra o
“velho projeto”, o “velho PSDB”. Ele afirmou que o partido pretende oferecer
fraternidade ao discurso do ódio ao PT encampado pelo candidato.
Fonte: Agência Brasil
Texto: Diário de Pernambuco
Imagem: Divulgação
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