Instituto Gladstone testou uma técnica que se mostrou
capaz de repor
as células destruídas pelo diabetes
Os
dias de injeções de insulina para pessoas com Diabetes Tipo 1 podem estar
próximos do fim. Cientistas norte-americanos da Universidade de Harvard
garantem estar “à um passo pré-clínico de distância” da cura da doença. A
partir de células-tronco, o grupo conseguiu desenvolver células beta -
responsáveis pela produção de insulina no organismo - em quantidade suficiente
para realizar transplantes de células ou para fins farmacêuticos.
Ao
contrário da diabetes Tipo 2, em que as condições desfavoráveis criadas por nós
facilitam o aparecimento da doença, a Tipo 1 se desenvolve, na maior parte da
vezes, durante a infância e é caracterizada pela destruição das células beta do
pâncreas.
Essa
não é a primeira tentativa de recriar esse tipo de célula a partir de
células-tronco. Também nos Estados Unidos, uma equipe dos Institutos Gladstone,
na Universidade da Califórnia em São Francisco, testou uma técnica que se
mostrou capaz de repor as células destruídas pelo diabetes. O experimento foi
aplicado em ratos e publicado no início deste ano.
Contudo,
o doutor Doug Melton, que conduziu os estudos em Harvard, insiste que nenhum
outro grupo conseguiu produzir células beta maduras adequadas para o uso em
humanos. “A maior dificuldade tem sido alcançar a sensibilidade à glicose,
células secretoras de insulina, e foi isso o que nosso grupo fez”, explica.
A
técnica desenvolvida por Melton já foi testada em camundongos diabéticos e as
células geradas em laboratório funcionaram normalmente e praticamente curaram
os animais da doença. “Nós demos às células três desafios com glicose em
camundongos separadamente e elas responderam apropriadamente. Isso foi muito
empolgante”, conta.
Novos
testes estão sendo feitos em macacos e ainda não há previsão para testar a
possibilidade em humanos, o cientista espera, contudo, que em poucos anos o
transplante já esteja disponível para portadores da doença.
ENTENDA:
A
insulina é o hormônio utilizado pelo corpo para promover a entrada de glicose
nas células. Essa, por sua vez, é a composição formada pela digestão dos
açúcares no organismo. Após o contato com a insulina, a glicose é absorvida
pelo sangue e usada como energia pelos tecidos. Daí, a importância dela para o funcionamento
do corpo.
No
Tipo 1, a produção de insulina é insuficiente, pois as células sofrem
destruição autoimune. Por isso, os pacientes precisam de injeções diárias de
insulina mimetizada para suprir essa carência.
Já a
diabetes Tipo 2 está relacionada à obesidade, maus hábitos alimentares,
sedentarismo e estresse. Apesar de ter sido por muito tempo ligada à pacientes
obesos acima dos 40 anos, ela é cada vez mais identificada em jovens. Os
pacientes produzem insulina, mas a ação da substância é dificultada. Isso causa
resistência insulínica, que ocasiona a hiperglicemia.
Da redação Sináculo
Fonte: Diário de Pernambuco
Imagem: Divulgação / Internet
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