(por Marisa Gibson)
Se as imagens de detentos armados com facão e conversando em celulares no pátio do Complexo Prisional do Curado, antigo Aníbal Bruno, já haviam marcado negativamente os primeiros dias de gestão de Paulo Câmara (PSB), pior para o governo foram as declarações do ex-secretário executivo de Ressocialização, Humberto Inojosa, quase que achando natural presos empunhando armas, devido as precárias condições de trabalho, agudizadas pela superlotação e carência de agentes penitenciários.
Se as imagens de detentos armados com facão e conversando em celulares no pátio do Complexo Prisional do Curado, antigo Aníbal Bruno, já haviam marcado negativamente os primeiros dias de gestão de Paulo Câmara (PSB), pior para o governo foram as declarações do ex-secretário executivo de Ressocialização, Humberto Inojosa, quase que achando natural presos empunhando armas, devido as precárias condições de trabalho, agudizadas pela superlotação e carência de agentes penitenciários.
Ouvindo a entrevista de Inojosa,
o governador não acreditou no que ouviu. E o ex-secretário não teve saída:
entregou o cargo, sendo substituído poucas horas depois pelo coronel da reserva
Eden Vespazziano. A saída de Inojosa representou um alívio para o Palácio das
Princesas. Primeiro, porque a demissão se sobrepôs às imagens dos detentos e,
segundo, porque abriu espaço para outras mudanças, que ficarão a cargo do
secretário de Justiça e Direitos Humanos Pedro Eurico.
Agora, o que interessa mesmo é que
o novo secretário executivo não terá condições de pôr ordem na casa, nem a
curto nem a médio prazos. O sistema carcerário do estado está à beira do caos e
o surpreendente é que, no governo, todos concordam que a solução só virá com a
construção de novas unidades prisionais. Os projetos existem, porém há sempre
uma desculpa para justificar porque não saíram do papel.
Embora a atuação da Secretaria
Executiva de Ressocialização estivesse sendo questionada há algum tempo – na
véspera do Natal, por exemplo, uma rebelião no Presídio Frei Damião de Bozzano
terminou com 12 presos feridos – Paulo Câmara não esperava ver seu governo
colocado em xeque tão cedo e numa área tão nevrálgica. E uma crise desse
quilate chegando assim, tão rápido, significa que os governos Eduardo/João Lyra
não fizeram o que tinha de ser feito.
Fotos:
Paulo Paiva/DP/D.A Press e Rapha Oliveira/Esp. DP/D.A Press
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