Na ocasião, o Departamento de Repressão ao Narcotráfico apreendeu toda a droga
Foto: Bianca Bion/JC
Morreu no sábado (14), no
Complexo do Curado, no bairro do Sancho, na Zona Oeste do Recife, o ex-padre
Mário Roberto Gomes de Arruda, preso com 176 quilos de maconha em novembro de
2014. De acordo com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), o preso
de 44 anos teria se sentido mal e sido socorrido para o Hospital Otávio de
Freitas (HOF), também no Sancho. A causa da morte, uma semana após, ainda não foi esclarecida.
O ex-padre foi preso por
esconder maconha no altar da igreja São Judas Tadeu, no bairro de Pontezinha,
no Cabo de Santo Agostinho. Na ocasião, outras duas pessoas também foram
detidas. Joselin Joana de Oliveira, 20 anos, e Eduardo José dos Santos, também
de 20 anos, assim como o ex-padre, recebiam e distribuíam a droga. Além da
maconha, foram apreendidos um revólver calibre 32 e a carteira de autoridade
eclesiástica do ex-padre.
Eles foram autuados por tráfico
de drogas e associação para o tráfico. O religioso também foi autuado por porte
ilegal de arma de fogo. Segundo o Denarc, esta foi a segunda vez que Mário
recebeu a droga na igreja. O bispo da Igreja de Nossa Senhora da
Conceição no Jordão, Zona Sul do Recife, superior da Igreja de São Judas Tadeu,
alegou que Mário Roberto o ameaçou, dizendo que se ele o tirasse da paróquia de
Pontezinha, atiraria no bispo.
HISTÓRICO
O ex-padre veio a Pernambuco
após ser expulso, há mais de 2 anos, da Igreja Católica Apostólica Romana de
Juiz de Fora, em Minas Gerais. Aqui, ele entrou em contato com a Igreja
Católica Apostólica Brasileira e pediu permissão para atuar na paróquia, já que
ele e a família são de Jaboatão dos Guararapes.
Os fiéis da Igreja de São
Judas Tadeu disseram que o ex-padre costumava se apresentar bêbado. Há sete
meses, ele acabou expulso também da Igreja Brasileira, por incontinência,
desobediência e maus hábitos. Após a expulsão, o ex-padre se recusou a deixar a
igreja e continuou morando no local. Nesta quinta-feira (20), chegou a ordem de
despejo, quando a droga foi encontrada.
Segundo a população de
Pontezinha, Mário e Eduardo mantinham um relacionamento. A igreja recebeu
informações de que o padre é homossexual, mas não comprovou.
O ex-padre montou, após a expulsão
da Igreja Brasileira, a Associação da Ordem Beneditina Missionária, através da
Igreja Católica Apostólica Americana, submetida a uma igreja em Vitória da
Conquista, na Bahia.
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