O
ator Jorge Loredo, de 89 anos, o ‘Zé Bonitinho’ dos programos humorísticos,
continuava internado na UTI do Hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul
do Rio, na manhã desta quarta-feira (18). Seu estado é grave, segundo o
hospital, que informou ainda não ter autorização da família para divulgar
boletins médicos sobre o paciente.
Loredo foi internado no dia 3 de
fevereiro, ficando primento no quarto para, dez dias depois, no sábado (14),
ser transferido para a UTI. Em rede social, sua sobrinha, Jussara Lorêdo, pediu
orações para o tio. O ator e humorista já foi internado outras vezes no São
Lucas.
Apesar da idade, o ator e humorista
estava em atividade até pelo menos dois anos atrás, usando as redes sociais
para contatar os fãs e divulgar a agenda de shows.
"Zé Bonitinho", o
perigote das mulheres, como o personagem de Loredo se apresentava nos esquetes
de humorísticos que durante décadas fizeram a alegria das famílias brasileiras,
fez parte do enredo "Beleza pura?" da escola de samba União da Ilha,
que teve como enredo a beleza em suas várias interpretações. "Zé
Bonitinho" se achava um galã irresistível, sempre ajeitando a cabeleira
com um pente enorme, tão grande quanto seus óculos escuros e a escola teve toda
uma ala dedicada ao personagem no desfile na noite de segunda-feira (16).
Jorge Loredo nasceu em 7 de maio
de 1925 (completa 90 anos em 2015) foi criado em Campo Grande, na Zona
Oeste do Rio de Janeiro. A infância e a juventude foram marcadas por doenças
graves para a época: aos 12 anos, com com osteomielite na perna, sofria de
dores constantes. Aos 20 anos, com tuberculose, foi internado num
sanatório, situação que acabou por lhe abrir as portas para a carreira.
Incentivado pelos médicos, participou de um grupo teatral no hospital e
descobriu sua vocação para os palcos.
O personagem “Zé Bonitinho” foi criado por Loredo, inspirado num colega que se achava um grande galã. Loredo costumava imitá-lo nas festas, arrancando gargalhadas. “Zé Bonitinho” estreou na televisão em 1960 no programa “Noites Cariocas”, exibido pela extinta TV Rio, com os primeiros textos roteirizados por Chico Anysio.
Em 2010, ano em que completou 50 anos, “Zé Bonitinho” continuava na TV, no humorístico “A praça é nossa”. O irresistível "Zé Bonitinho" tinha bordões inesquecíveis, que Loredo repetiua com a voz impostada de um conquistador: "Câmera, close; microfone, please", ou "Garotas do meu Brasil varonil: vou dar a vocês um tostão da minha voz!".
O personagem “Zé Bonitinho” foi criado por Loredo, inspirado num colega que se achava um grande galã. Loredo costumava imitá-lo nas festas, arrancando gargalhadas. “Zé Bonitinho” estreou na televisão em 1960 no programa “Noites Cariocas”, exibido pela extinta TV Rio, com os primeiros textos roteirizados por Chico Anysio.
Em 2010, ano em que completou 50 anos, “Zé Bonitinho” continuava na TV, no humorístico “A praça é nossa”. O irresistível "Zé Bonitinho" tinha bordões inesquecíveis, que Loredo repetiua com a voz impostada de um conquistador: "Câmera, close; microfone, please", ou "Garotas do meu Brasil varonil: vou dar a vocês um tostão da minha voz!".
No final dos anos 50, Loredo
já era famoso com o mendigo filósofo que interpretava na TV Rio no programa
“Rio cinco para as cinco’ e depois na “A praça é nossa”, com Manoel de Nóbrega
a quem o mendigo se apresentava com o bordão "Como vai, meu nobre
colega?". O personagem usava fraque e cartola, bem esfarrapados, monóculo
e luvas. O figurino, segundo contava Loredo, foi tirado de um filme de Charles
Laugthon que fazia o papel de um mendigo aristocrata.
O personagem surgiu por ideia
de sua mãe, que na infância conhecera um mendigo elegante que ia à sua casa
pedir comida, mas queria uma mesa montada na garagem com toalha de renda e
tudo.
O mendigo filósofo fez tanto
sucesso que Loredo teve como padrinho de casamento o ex-presidente Juscelino
Kubistcheck. O que lhe valeu um bordão famoso. Ele terminava o quadro do
mendigo dizendo: “Agora vou encontrar com aquele menino, o Juscelino...”.
Criou outros tipos: um
italiano que não podia ver televisão porque queria quebrá-la, o profeta Saravabatana
que andava com uma cobra que dava consultas a mulheres, e o professor de
português que tinha a voz do Ary Barroso.
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