Após cerca de 12 horas, a primeira audiência de instrução e
julgamento do trio conhecido como Canibais de Garanhuns terminou após 13 horas
de depoimento oferecidos pelas 17 testemunhas arroladas pelo Ministério Público
em um total de 27, porém só 17 compareceram ou foram localizadas. Os três acusados decidiram pelo silencio
quase que totalmente. A sessão começou às 9h45, no Fórum de Garanhuns, e contou
com um público pequeno, tendo em vista a
ausação contra o trio. . Os advogados de defesa apresentaram os requerimentos e
a juiza Pollyianna Maria Barbosa, da 1ª Vara Criminal de Garanhuns definirá se
serão aceitos até a próxima terça-feira, para, então, marcar a próxima
audiência. Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Pires da
Silveira e Bruna Cristina de Oliveira da Silva são acusados de matar Alexandra
Falcão da Silva e Giselly Helena da Silva.
Um psicólogo do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) foi
ouvido na audiência sobre o caso do trio acusado de canibalismo em Garanhuns,
Agreste de Pernambuco. "Desde que [Jorge] chegou no Caps falava do
interesse no benefício do INSS para pessoas com transtornos mentais]. Em
Olinda, ele disse que requereu e foi negado", diz o especialista sobre
Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, um dos acusados.
Para um psicólogo o acusado era inteligente, mas apresentava discurso delirante. "Ele queria ser diferenciado dos demais usuários e, inclusive, queria ser amigo da gente [funcionários do Caps]. Interrompia o grupo dizendo que estava tendo alucinações, que estava vendo coisas. Jorge falava dessas alucinações de maneira consciente", explica.
"Ele dizia que era esquizofrênico e que tinha um amigo imaginário desde criança. Geralmente, quem é esquizofrênico não fica dizendo que é", conta as assistentes sociais do Caps sobre Jorge. Uma arte educadora e professora do Caps também depôs nesta quinta. "Jorge era inteligente e perfeccionista, gostava de ficar separado dos demais. Ele dizia que queria cursar psicologia", revela.
Para um psicólogo o acusado era inteligente, mas apresentava discurso delirante. "Ele queria ser diferenciado dos demais usuários e, inclusive, queria ser amigo da gente [funcionários do Caps]. Interrompia o grupo dizendo que estava tendo alucinações, que estava vendo coisas. Jorge falava dessas alucinações de maneira consciente", explica.
"Ele dizia que era esquizofrênico e que tinha um amigo imaginário desde criança. Geralmente, quem é esquizofrênico não fica dizendo que é", conta as assistentes sociais do Caps sobre Jorge. Uma arte educadora e professora do Caps também depôs nesta quinta. "Jorge era inteligente e perfeccionista, gostava de ficar separado dos demais. Ele dizia que queria cursar psicologia", revela.
A defesa não
apresentou nenhuma testemunha. A promotoria ainda poderá
aceitar o depoimento de outras duas testemunhas através de precatória, porque
as pessoas estão em outra cidade.
O trio preferiu optar pelo silêncio e pessoas presentes, contestando o fato, foram convidadas a deixar a sala, permanecendo, apenas. a imprensa.
Durante uma segunda audiência, com data ainda não divulgada, os advogados deverão apresentar as alegações finais e o processo seguirá concluso para que a juíza decida se os acusados serão ou não submetidos a julgamento popular através do Tribunal do Júri. O promotor que acompanhará a audiência será o Jorge Gonçalves Dantas Júnior.
Durante uma segunda audiência, com data ainda não divulgada, os advogados deverão apresentar as alegações finais e o processo seguirá concluso para que a juíza decida se os acusados serão ou não submetidos a julgamento popular através do Tribunal do Júri. O promotor que acompanhará a audiência será o Jorge Gonçalves Dantas Júnior.
Relembre o caso – Com informações do Diário de Pernambuco
Em covas rasas cavadas no terreiro de uma típica construção
de porta e janela comum no interior, policiais da delegacia de Garanhuns, a 220
quilômetros do Recife, fizeram uma descoberta que, ao mesmo tempo, punha fim à
angústia de duas famílias da cidade e dava início a uma história chocante até
para quem lida diariamente com crimes e mortes. Na tarde do dia 11 de abril de
2012, após investigações que revelaram o envolvimento de Jorge Beltrão
Negromonte da Silveira, 51, Isabel Cristina Pires da Silveira, 51, e Bruna
Cristina de Oliveira da Silva, 22, no desaparecimento de duas jovens moradoras
da cidade, os corpos de Giselly Helena e Alexandra Falcão foram localizados.
A forma como os restos mortais foram encontrados já dava aos
peritos as primeiras pistas da complexidade dos crimes. Os corpos das mulheres
foram esquartejados e partes dos músculos retirados. Mal sabiam os policiais,
mas a prisão dos três moradores da casa, que formavam um triângulo amoroso, era
o primeiro passo para a revelação de detalhes de uma série de crimes que podem
ter feito pelo menos oito vítimas em território pernambucano e paraibano -
todas mulheres jovens.
Seita diabólica
Em novembro do ano passado, após mais de vinte horas de
julgamento, o trio foi condenado também pela morte, esquartejamento, ocultação
de cadáver e prática de canibalismo contra a adolescente Jéssica Camila, de 17
anos. O crime aconteceu em 2008, em Olinda, e os envolvidos alegaram
participar de uma seita denominada "Cartel". Para eles, a morte brutal
da vítima era uma forma de purificação. Condenados no último ano, Jorge Beltrão
cumpre pena no Presídio Desembargador Augusto Duque, em Pesqueira, e as
mulheres estão na Colônia Penal Feminina de Buíque.
Fonte - Diário de Pernambuco
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