O jornalista "Marcolino Junior" foi morto a facadas dentro de um quarto de motel em Caruaru, conforme a conclusão do inquérito policial que investigou o assassinato, divulgada nesta segunda-feira (2). De acordo com a Polícia Civil, o executor do crime foi o suspeito preso após tentar vender o veículo do colunista social.
O corpo do jornalista e colunista social foi encontrado no
dia 18 de abril, na zona rural de Sairé, no Agreste do estado. Ele estava
desaparecido desde o dia 16.
A perícia apontou que o suspeito deu um golpe de jiu-jítsu na
vítima e cerca de três golpes de faca. A causa da morte foi o "choque hemorrágico
causado por ferimento perfuro-cortante". O instrumento utilizado foi
encontrado em São Caetano, na casa de uma mulher com quem o suspeito tinha um
relacionamento.
Foram encontrados sangue no travesseiro do quarto e nas
escadas do motel. Segundo o delegado Marcio Cruz, o corpo da vítima foi
transportado no porta-malas do carro do próprio Marcolino. Em seguida, foi
desovado em um matagal. "Temos provas concretas para afirmar que [o homem
que tentou vender o carro] agiu sozinho dentro do motel. Ele matou e colocou o
corpo de Marcolino na mala do carro", ressaltou o delegado.
Ainda não há informação se Marcolino foi dopado, antes de ser
assassinado. O exame toxicológico está sendo feito no Instituto de Medicina
Legal (IML) do Recife.
Assessor pessoal era mandante
A investigação da Polícia Civil também confirmou que o
assessor pessoal de Marcolino teria sido o mandante do crime. Segundo os
delegados, ele monitorou toda a ação executada pelo outro suspeito preso.
A polícia acredita que um dos motivos para o assassinato foi
o interesse do assessor pessoal nos bens da vítima. "Ouvimos [o
assessor de Marcolino] e constatamos que ele reclamava constantemente do
salário que recebia. Ele se mostrava insatisfeito por receber R$ 200 por
semana", informou ao G1 o delegado Marcio Cruz, no início das
investigações.
O delegado Bruno Vital informou ao G1 que os dois
suspeitos serão processados. "O assessor será indiciado por latrocínio. Já
o executor será indiciado por latrocínio e ocultação de cadáver", disse.
Perícia
A perícia realizada no dia 20 de abril no carro do
jornalista encontrou marcas de sangue no porta-malas do automóvel. A
informação foi confirmada pelo perito criminal Carlos Henrique Tabosa em
entrevista à TV Asa Branca. O perito disse que o colunista social teria sido
transportado no porta-malas do próprio carro.
Entenda o caso
Residente em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, Marcolino
Junior foi visto pela última vez no dia 16, antes de desaparecer. Ele
almoçou com a mãe e depois saiu de casa, não sendo mais encontrado após
tentativas de ligação e mensagens no celular desde então.
Imagens gravadas pelos circuitos de vigilância de um mercado
e de uma pousada de Caruaru registraram momentos nos quais o jornalista foi
visto antes de desaparecer, às 14h do dia 16.
http://www.blogdoalbertobarbosa.com.br/2016/05/policia-jornalista-marcolino-junior-foi.html
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