sábado, 4 de junho de 2016

É DE GARANHUNS O VENCEDOR DO PRÊMIO LITERÁRIO NACIONAL DO SESC

Do Diário de Pernambuco

Autor concorreu com outros 708 escritores de todo o país. Helder Herik/Divulgação

      É de Garanhuns o ganhador do Prêmio Sesc de Literatura 2016, na categoria contos. Mário Rodrigues, de 38 anos, disputou o concurso literário com outros 708 escritores e vai ser contemplado com a publicação da sua primeira coletânea de textos, Receita para se fazer um monstro. O livro sairá em novembro, pela editora Record. 

      “O que me leva a escrever, basicamente, é a vontade contar histórias, narrar. Junto a isso, a necessidade de expressão, de botar para fora os sentimentos”, diz Rodrigues, que escreve desde a sua adolescência. Atualmente, o autor, participa com outros escritores locais, como Nivaldo Tenório e Helder Herik, do jornal literário u-Carbureto. 

        Dono de um texto econômico, com frases curtas e sem uso de vírgulas, Rodrigues narra em seu livro de estreia uma sucessão de histórias situadas na infância dos personagens, no período dos anos 1980. Nas tramas, passagens envolvendo brincadeiras, descoberta e amores e perdas enfrentadas pelos protagonistas. Apostando menos no saudosismo e mais nas angústias desse período, o escritor reflete também sobre a realidade brutal enfrentada por algumas crianças. 

       A temática realista, assim como a escrita seca, remete a autores como Graciliano Ramos e Rubem Fonseca, escritores considerados por Mario Rodrigues como “imprescindíveis”. Outro entre os favoritos do garanhuense é o norte-americano Cormac McCarthy, autor de Onde os velhos não têm vez.

Prêmio 

         Este ano o Prêmio teve 1503 livros inscritos – 709 contos e 794 romances. No total 1015 homens e 488 mulheres concorreram ao Prêmio. O vencedor da categoria romance também é nordestino: o jornalista e escritor baiano Franklin Roosevelt, 47 anos, premiado pelo livro Céus e Terra.

          São Paulo e Rio de Janeiro foram os estados com maior número de candidatos, 469 e 208, respectivamente. Para evitar o desperdício de papeis e contribuir com o meio ambiente, todas as obras foram avaliadas a partir de leitores digitais, evitando a impressão de mais de 500 mil folhas


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