Este ano, a verba do FIG, que já vinha decaindo nos últimos anos, terá uma redução de 30% em relação à edição de 2015. Serão R$ 5,4 milhões investidos no evento; em 2015, o valor foi de R$ 7,8 milhões. A redução segue o padrão do plano de contingenciamento de gastos do Governo do Estado. Em 2014, o orçamento foi de R$ 9,5 milhões.
“O FIG continuará sendo um grande festival de arte. Ano passado homenageou o Pará; este ano, o Nordeste, o que não diminui em nada a qualidade artística, porque a cultura nordestina é fundante da nacional. Temos vários expoentes”, completa Granja.
A programação continuará a ter 10 dias corridos e será aberta no dia 21 de julho com um concerto magno, “nos moldes da Mimo de Olinda”, na Catedral de Santo Antônio. “Na sexta-feira, na praça Guadalajara, a noite será em homenagem a Naná (Vasconcelos)”, completou. As negociações com os artistas que comporão a grade ainda estão em curso.
O corte impactará diretamente na quantidade de shows, exceto naqueles programados para fins de semana. “Não arbitramos cachês, mas a redução no número de show vai diminuir o gasto global”, diz Marcelino Granja. O fato de homenagear o Nordeste vai trazer economia com passagens aéreas, transporte e hospedagem, assegura o gestor. “Teremos redução nas diárias da própria equipe, reestruturando todo processo para torná-lo mais eficaz”, continuou.
Na estrutura, haverá alguns rearranjos, utilizando o palco do parque Euclides Dourado para poupar a montagem de outros. O polo circense terá a montagem da lona, mas economizará energia elétrica e segurança, por exemplo.
O Pavilhão do Artesanato será excluído e a atividade utilizará a estrutura local do Sebrae; apresentações de artes cênicas serão transferidas para teatros, como o da estação. Já a Praça da Palavra utilizará o prédio da biblioteca da prefeitura de Garanhuns, que também fica na praça. Por fim, o pavilhão que abrigava shows de música pop e forró será reduzido ao palco, eliminando coberta e piso. “Assim, estamos diminuindo uma enormidade de custos, uma economia de R$ 2,4 milhões”, afirma o secretário.
Por ora, os R$ 5,4 milhões investidos no FIG deste ano vêm dos cofres públicos e tem verba também do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), mas Granja disse que o projeto será submetido à Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (Cnic) e o Estado espera receber incentivos através da Lei Rouanet. Conseguindo esses aportes, R$ 1,2 milhão podem ainda ser economizados. Este ano, o FIG acontece entre 21 e 30 de julho e homenageará o percursionista Naná Vasconcelos, falecido em março deste ano.
Matéria da jornalista Tatiana Notaro, da Folha de Pernambuco
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