domingo, 10 de julho de 2016

GALERIA MÃOS QUE VEEM PROMOVEM INTEGRAÇÃO


               Fazer com que pessoas com deficiência visual desfrutem da arte com o tato é o principal objetivo da galeria de arte “Mãos que Veem”, instalada no Centro de Apoio Pedagógico às Pessoas Cegas (CAP) de Garanhuns. A galeria é composta por mais de 90 obras com sentidos variados. Para as pessoas que enxergam, ao chegar ao local, seus olhos são vendados para que tenham a mesma sensação das pessoas que possuem deficiência visual e possam, com essa experiência, adquirir lições de vida.


             De acordo com a coordenadora do CAP, na galeria pessoas que enxergam também podem ter a mesma sensação e aprender com a experiência. “Em todo o Estado, essa é a única galeria voltada para pessoas cegas, uma galeria em que as peças podem ser tocadas, e isso é motivo de muita satisfação para todos nós, por poder proporcionar isso para as pessoas que possuem deficiência visual e, também, para aquelas que enxergam. Esse espaço já foi pensado para que as pessoas possam sentir a textura, o formato, a estrutura de cada obra”, explica Lenice Couto.



          Uma das professoras do CAP, Ana Cláudia, fala sobre a relevância da galeria para Garanhuns. “Esse espaço é de grande importância para as pessoas com deficiência visual, para que elas tenham acesso a peças que muitas vezes nem conhecem. Então eles vêm, participam e isso se torna em um enriquecimento muito grande pra eles. Já fizemos essa exposição para todas as pessoas que são atendidas aqui e também abrimos esse espaço para as pessoas que enxergam e têm vontade de conhecer e ter essa mesma experiência”, convida a professora. Para o público em geral que deseja conhecer o espaço, é necessário fazer o agendamento prévio, na Secretaria de Educação e Esportes, localizada na Siqueira Campos, n° 43, no centro da cidade, ou por meio do telefone 3762.7060.



A maioria das peças que compõem a galeria foi doada pelo professor Josevaldo Pereira e, após a inauguração do espaço, em abril deste ano, outras peças foram doadas, como, por exemplo, algumas obras do artesão José Calado Junior, que é atendido no local. O nome da galeria, “Mãos que vêem”, foi dado pelo próprio grupo que é atendido no CAP e sugere a essência do sentido da galeria, que é fazer com que as pessoas “vejam com as mãos”, ou seja, que, através do tato, apreciem as obras de arte no local.


            O centro, que funciona de segunda a sexta-feira, possui uma programação diversificada. Na manhã desta quinta-feira (06), as pessoas que são atendidas no centro, foram reunidas na sede do próprio CAP, com a finalidade de comemorar o período junino e promover maior interação entre elas. O momento de cultura e descontração contou com a participação do cantor Mourinha do Forró. O Centro de Apoio Pedagógico às Pessoas Cegas (CAP) fica localizado na Travessa Belarmino Dourado, nº 35, bairro Heliópolis.

Fotos: Ruthe Santana – Secom/PMG

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