No 1º dia do mês de outubro celebra-se o Dia
do Idoso no Brasil. Até 2006, o Dia do Idoso era comemorado no dia 27 de
setembro. Isso porque, em 1999, a Comissão pela Educação, do Senado Federal,
havia instituído tal data para a reflexão sobre a situação do idoso na
sociedade, ou seja, a realidade do idoso em questões ligadas à saúde, convívio
familiar, abandono, sexualidade, aposentadoria etc.
No dia 1º de outubro de 2003, porém, foi aprovada a Lei
nº 10.741, que tornou vigente o Estatuto do Idoso. Pelo fato de
o Estatuto ter sido instituído em 1º de Outubro, em 2006 foi criada uma outra
lei (a Lei nº 11.433, de 28 de Dezembro de 2006) para transferir o Dia do
Idoso para 1º de outubro. Vale salientar que desde 1994, com a Lei nº
8.842, o Estado brasileiro já havia inserido a figura do idoso no âmbito da
política nacional, dado que essa lei criava o Conselho Nacional do Idoso.
O fato é que, com a criação do Estatuto do Idoso, em 2003, o
Brasil começou a incorporar à sua jurisprudência resoluções de organizações
internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização
Mundial da Saúde (OMS). Sabe-se que, em 1982, a ONU elaborou, em Viena, na
Áustria, a primeira Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento. Dessa
Assembleia, foi elaborado um Plano de Ação Internacional sobre o Envelhecimento
que tinha 62 pontos, os quais passaram a orientar as reflexões, legislações e
ações posteriores a respeito do idoso.
É sabido, também, que, na Assembleia Geral de 1991, a ONU
aprovou a Resolução 46/91, que trata dos direitos dos idosos. Os princípios
dessa resolução norteiam as discussões contemporâneas sobre a situação do
idoso. Entre esses princípios, estão os da “Autorrealização” e da “dignidade”,
cujos pontos são:
Autorrealização:
Aproveitar as oportunidades para o total desenvolvimento das
suas potencialidades;
Ter acesso aos recursos educacionais, culturais, espirituais
e de lazer da sociedade;
Dignidade:
Poder viver com dignidade e segurança, sem ser objeto de
exploração e maus-tratos físico ou mentais;
Ser tratado com justiça, independentemente da idade, sexo,
raça, etnia, deficiências, condições econômicas ou outros fatores.
Além desses princípios, a ONU ainda deu destaque às questões
da assistência aos idosos e de sua integração e participação na
sociedade, bem como da independência que lhes é inerente e que deve
ser-lhes garantida em direitos como: oportunidade de trabalho, lazer,
determinar em que momento deve afastar-se do mercado de trabalho, poder viver
em ambientes seguros etc. O dia 1º de outubro, portanto, é reservado para
pensar sobre todas essas questões fundamentais a respeito do idoso.
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