sábado, 25 de novembro de 2017

ABATE CLANDESTINO EM GARANHUNS PREOCUPA POLÍTICOS E MORADORES

               
        Uma solicitação oriunda da parte do deputado estadual Silvio Costa Filho, endereçada a Adagro, e a CPRH - Agência Estadual de Meio Ambiente, pede providências no sentido de que, tanto a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco, quanto a CPRH exerçam uma maior fiscalização dos abates clandestinos de animais que vêm ocorrendo no município de Garanhuns. 

             De acordo com a indicação publicada no Diário Oficial, o requerimento foi encaminhado ao parlamentar pelo vereador José Ary Souto Leal Júnior, o Ary Júnior, que denunciava a existência de diversos abatedouros clandestinos instalados em Garanhuns.


            Na Alepe, Silvio solicitou que a ADRAGO tenha uma atuação mais presente nesses abatedouros que estão funcionando de forma livre e sem qualquer tipo de fiscalização por parte dos órgãos de competentes. "Para além dos fatos narrados, temos uma diminuição nos abates realizados pelo Matadouro Municipal devidamente regulamentado, onde registravam o abatimento de 200 animais semanalmente, e hoje, perfazem apenas um percentual de 30% de animais abatidos, representando, assim, maior preocupação com a qualidade dos produtos que são consumidos pela população de Garanhuns e região", frisou o parlamentar. A indicação foi protocolada na Mesa Diretora da Alepe no último dia 14 de novembro.

PROBLEMA RECORRENTE

           O problema do abate clandestino em Garanhuns é antigo e já foi motivo de preocupação para o Ministério Público que realizou audiências com a sociedade para tratar da delicada questão.

          Na ocasião, o promotor Alexandre Bezerra, da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania, que conduziu uma das audiências em 2016, sugeriu a possibilidade de que quem incorresse nesse tipo de delito fosse preso em flagrante com a mercadoria apreendida. Também foi acordado que barreiras sanitárias seriam montadas nos acessos a Garanhuns para evitar a entrada e comercialização de carnes sem procedência e através de transportes inadequados, como destacado em publicação do blog de Carlos Eugênio, à época. 



RISCOS À SAÚDE E PREJUÍZOS 


          Segundo estudo, a clandestinidade dos abatedouros é definida por duas condições: a não fiscalização pelo serviço de inspeção sanitária e a sonegação fiscal, que muitas vezes ocorrem simultaneamente. Ainda segundo o estudo, há diversos custos derivados do abate clandestino, que ultrapassam o não recolhimento de impostos e a concorrência predatória sobre as empresas que operam legalmente.

            A ingestão de carne contaminada é causa de diversas doenças, com custos diretos aos sistemas de saúde e indiretos à capacidade de trabalho. Por isso, há esforços diversos para a elaboração de normas e portarias, que têm entre os seus objetivos os de inibir e eventualmente extinguir o abate ilegal. Mesmo diante desses esforços, o subsistema de abate clandestino mantém-se competitivo

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