Em coletiva para expor a grave situação financeira dos
municípios e alertar para a necessidade de corte de gastos em várias
prefeituras, a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) anunciou que irá
a Brasília, na próxima semana, em busca da liberação de verbas, por parte do
Governo Federal. A entidade estima que pelo menos 50 cidades de Pernambuco
precisarão demitir funcionários.
De acordo com o presidente da associação, José Patriota, a
instituição irá tentar ajuda do Congresso e do presidente Michel Temer (PMDB),
para sanar as contas dos Municípios. Ele pretende convencer o governo a liberar
1% do total de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), para que
as prefeituras possam quitar o décimo terceiro salário.
Segundo a Amupe, R$ 196 milhões são necessários para fechar
as contas. No Brasil inteiro são R$ 4 bilhões. “São 120 municípios em estado de
calamidade pública. Vamos solicitar uma ajuda financeira emergencial, para que
possamos sair desta situação”, disse. “É uma situação caótica. Já vínhamos
fazendo ajustes e cortes. Agora o pior corte de todos é desempregar pessoal.
Tirar mães e pais de famílias, que ficam sem perspectiva de sobrevivência,
porque não têm renda”, informou Patriota.
A Amupe ainda está realizando o levantamento do total de
prefeituras que farão cortes de pessoal, assim como o valor que será
economizado pelas administrações. “É imprevisível. Um tira 100 pessoas, outro tira
400. É uma grande quantidade. Mas este mapeamento ainda não está fechado”.
Na sua visão, “as pequenas cidades são as mais afetadas com a
crise”. “Os programas sociais não são suficientes para absorver essa situação.
O Bolsa Família é muito pouco para atender as necessidades básicas”, destacou.
O Prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB) esteve presente
ao evento e chamou a atenção da necessidade, de o Governo do Estado também
fazer a sua parte nessa ajuda aos Municípios. "As dificuldades são
enormes. Durante a Coletiva, também cobrei um momento com o Governo do Estado,
para que possamos ver de que forma o Poder Executivo Estadual pode ajudar aos
Municípios. Uma das formas seria repassar os valores devidos, que estão em
atraso", chamou a atenção Régis. (Com informações da Folha de
Pernambuco e imagens de Camila Queiroz|Secom|PMG)
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