Programação do 28º Festival de
Inverno de Garanhuns – Um Viva à Liberdade, anunciada pelo Governo de
Pernambuco, reúne mais de 500 atrações, em 21 polos de todas
as linguagens artísticas, durante dez dias, confirmando o evento como
o maior festival de artes do Brasil.
A partir das 19 horas do próximo dia
19 e até o amanhecer do dia 29 de julho, o agreste pernambucano vai se
transformar novamente em destino certo para a vivência do que há de mais belo e
pulsante na arte e na cultura do Brasil. No momento em que a companhia teatral
carioca Barca do Corações Partidos subir ao palco do Centro Cultural
Alfredo Leite Cavalcanti para apresentar - pela primeira vez em Pernambuco - o
espetáculo "Auê", estará oficialmente aberta a 28ª edição
do FIG, o Festival de Inverno de Garanhuns.
Vencedor do Prêmio Shell 2016 na categoria de melhor direção,
o espetáculo que mistura dança, performance, música e teatro é uma celebração
da diversidade cultural brasileira e reflete bem o tema e a grande homenageada
desta edição do FIG: a liberdade.
Liberdade de criação artística e de pensamento que vai ganhar
os palcos para shows musicais e apresentações de teatro e dança; as salas para
exposições de artes visuais, design, moda e fotografia; a tela do cinema; os
espaços literários, de artesanato e gastronomia; a lona do circo, as ruas e
parques de Garanhuns.
“Nesses tempos em que a regressão civilizatória do
neoliberalismo tenta impor o pensamento conservador e moralista ao aparelho de
Estado, aos meios de comunicação e à cultura atacando a livre manifestação
artística, estimulando a intolerância, promovendo a perseguição política e
absurdos como boicotes, punições a mostras, filmes e a outras obras de arte,
estamos garantindo que o FIG será novamente um território livre para fruição da
nossa diversidade, da liberdade criativa e de todas as vivências artísticas e
culturais, expressão da nossa própria identidade como povo”, defende Marcelino
Granja, Secretário Estadual de Cultura.
Para a presidente da Fundarpe, Márcia Souto, "o grande
diferencial do FIG é seu compromisso com a política pública para a cultura em
Pernambuco, por ser realizado exclusivamente com recursos públicos e pelo
Governo do Estado". Ainda de acordo com a gestora, "a programação
artística - construída a muitas mãos e a partir de um Edital Nacional - permite
o encontro dos pernambucanos e turistas com artistas admirados em todo o País,
com todas as manifestações da nossa cultura popular, com alguns Patrimônios
Vivos do Estado, mas também com o que há de novidade nas mais diversas expressões
culturais".
De acordo com o coordenador executivo e artístico do FIG,
André Brasileiro, “a programação é um recorte precioso do que há de atual e
urgente nas diversas cenas da arte brasileira, o que contribui para consolidar
o Festival como o maior evento de fruição da nossa cultura, em pleno agreste
pernambucano, e que também abre espaço para os artistas desta região e de todos
os cantos do Estado”.
Realizado pelo Governo de Pernambuco, por meio da Secult-PE e
da Fundarpe, o FIG conta com a parceria da Prefeitura de Garanhuns, da Cepe
Editora, do SESC Pernambuco, do SEBRAE, do Conservatório Pernambucano de Música
e do Festival Virtuosi.
PROMOÇÃO DAS LIBERDADES
Todos os polos do FIG vão revelar o compromisso do Governo de
Pernambuco com a promoção das liberdades artística, estética, política,
religiosa e de expressão, como um marco de enfrentamento dos preconceitos, da
intolerância e da afirmação do Estado democrático de direito.
A programação de teatro figura entre os destaques desta proposta curatorial. Vinte e quatro premiados espetáculos da atualidade brasileira, de grupos de prestígio internacional, estão confirmados. O combate à intolerância e à discriminação vai ganhar força com a apresentação das obras selecionadas. Entre elas, O Evangelho segundo Jesus, a Rainha do Céu, alvo de protestos pelo País e que chegou a ter sessões canceladas por decisão judicial, evidenciando o preconceito contra as pessoas transexuais.
A programação de teatro figura entre os destaques desta proposta curatorial. Vinte e quatro premiados espetáculos da atualidade brasileira, de grupos de prestígio internacional, estão confirmados. O combate à intolerância e à discriminação vai ganhar força com a apresentação das obras selecionadas. Entre elas, O Evangelho segundo Jesus, a Rainha do Céu, alvo de protestos pelo País e que chegou a ter sessões canceladas por decisão judicial, evidenciando o preconceito contra as pessoas transexuais.
As montagens também abordarão questões de gênero, como o
espetáculo potiguar Violetas. A partir de obras protagonizadas por
negros e que evidenciam a cultura negra, como Contos Negreiros do Brasil, Poeta
Preto e Histórias Bordadas em Mim, o racismo também será discutido. O
teatro documentário também estará presente na programação em quase todas as
peças, a exemplo do infantil As Três Marias, também com o gaúcho Caio
do Céu, o paulista Carta 1: A Infância Promessa de Mãe, o olindense Solo
de Guerra, e o recifense Salmo 91.
A liberdade de expressão da religiosidade por meio de danças
e ritos culturais também está garantida no Festival. O palco de Cultura
Popular Ariano Suassuna recebe uma programação diversa, agregando grupos
de afoxé, maracatu, caboclinhos, reisados e tantas outras
manifestações que expressam a diversidade cultural pernambucana, como bois,
blocos líricos, escolas de samba, ciranda, clubes de frevo, coco e cavalo
marinho, demonstrando a resistência da classe trabalhadora e dos setores
populares da sociedade.
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