Há exatos
dez dias do início do maior Festival Multicultura da América Latina, Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), O
Governo do Estado de Pernambuco, através da Fundarpe e a Secult, responsáveis
pela organização e realização do evento, divulgaram no início da tarde desta
segunda (9), mais uma atração a compor a programação oficial do evento, que
este ano, ocorrerá entre os dias 19 e 28 de julho.
Desta vez,
trata-se da consagrada rapper curitibana, Carol Konka, que no seu vasto leque
de composições, conta com uma em especial, “Lalá”, de 2017, que chama atenção.
Nela, a cantora sem nenhum pudor, reclama de um sexo oral mal feito. Não fosse
o bastante, a mesma letra ainda propaga a cultura do uso da planta herbácea,
cannabis sativa, na forma da droga popularmente conhecida como “maconha”. Em
determinado trecho da música, que pode ser conferida no vídeo abaixo, Carol
canta: “O que me anima é a habilidade na lambida. Malícia, muita saliva
enquanto eu queimo uma sativa”.
Não menos
agressiva, noutro trecho, segue a música: “Moleque mimado bolado que agora
chora. Só porque eu mandei ajoelhar. Fazer um lalá por várias horas. Lá lá lá,
me lambe lá”, e finaliza: “Mal sabe a diferença de um clitóris pra um ovário.
Dedilham ao contrário. Egoístas criando um orgasmo imaginário”.
Com um disco e
dois EPs lançados, a artista curitibana ganhou destaque no cenário nacional por
misturar a estética do trap hop e funk com letras de caráter nada conservador.
Seu trabalho como rapper começou ainda em 2004. Suas músicas, abordam temas
caros e ainda bastante questionados e mau entendidos pela sociedade, embora a
própria cantora assegure que suas músicas tratam de exaltar a força feminina,
empoderando as mulheres contra o machismo e o racismo, como no caso das músicas
"Tombei" e "É o Poder".
Prestes a
lançar seu segundo álbum de inéditas, intitulado “Ambulante”, em agosto, a
curitibana atualmente se prepara para uma nova etapa da sua carreira. Na 28ª
edição do FIG, a estreia de Carol Konka já tem data marcada para acontecer. A
rapper, se apresentará no dia 28 de julho, no Palco Pop, instalado no Parque
Euclides Dourado, as 20 horas.
Notoriedade, premiações e
sucesso
Após
nove anos de carreira, em 2013, Karol recebeu sua primeira estatueta na
categoria Artista Revelação, no Prêmio Multishow de Música
Brasileira. Com o lançamento da canção "Tombei" com o grupo
Tropkillaz, em 2015, ela voltou à premiação, vencendo a
categoria Nova Canção. A música em questão ainda se tornou tema de
abertura do seriado "Chapa Quente", em 2016, estrelada
por Ingrid Guimarães e Leandro Hassum.
No
ano seguinte, em 2017, a canção "Bate a Poeira", do seu primeiro
disco, se tornou tema da 25ª temporada de Malhação, subtitulada
de “Viva a Diferença”, tema próximo daquele defendido pelo FIG 2018:
"Um Viva a Liberdade". A partir de sua trajetória, Karol Conka se
consagrou como um dos grandes nomes do rap e do movimento
feminista no país, fazendo shows, não apenas pelo Brasil, mas pelo mundo
inteiro.
Abaixo, você confere o clipe oficial da música "Lalá"
Confira a letra da música,
na íntegra:
Lá lá
lá
Moleque
mimado bolado que agora chora
Só
porque eu mandei ajoelhar
Fazer
um lalá por várias horas
Ele
disse por aí que era o tal
Pega
geral e apavora
Seduzi
pra conferir
E
percebi que era da boca pra fora
Dá pra
perceber, existem vários
Falam
demais, fingem que faz
Chega
a ser hilário
Mal
sabe a diferença de um clitóris pra um ovário
Dedilham
ao contrário
Egoístas
criando um orgasmo imaginário
Pouco
importa pra ele se você também tá satisfeita
Esses
caras ainda não aprenderam que 10 minutos é desfeita
Meia
bomba que toma não aguenta o molejo da lomba
Se
desmonta, tem medo e no final só me desaponta
Já
fico arrependida
Seca,
desacreditada e fria
Desse
jeito desanima
Quero
ser bem atendida
O que
me anima é a habilidade na lambida
Malícia,
muita saliva enquanto eu queimo uma sativa
Lá lá
lá, me lambe lá
Lá lá
lá, me lambe, me lambe, me dê uma lambida lá
É
inacreditável, eles ficam sem ação
Quando
a gente sabe o que quer e já mete a pressão
Tem
que saber fazer senão gera contradição
Direitos
de prazer iguais, mais compreensão
Isso
daqui não tá de enfeite
Dá um
jeito, se ajeite
Sem
ser fake, então vai se deite
Se eu
quero, respeite
O
clima deixa de ser quente, confundiu minha mente
Falam
demais, quando chega na hora a ação não é equivalente
Nem
vem, sou apenas mais uma com experiência e sabe quem tem
Vejo
vários convencidos achando que no final mandou bem
Minhas
amigas concordam também
Vocês
podem ir mais além
Sem
dedicação espantam um harém
Curvem-se,
encostem os lábios na flor
Quebra
esse tabu, isso não é nenhum favor
O que
me anima é a habilidade na lambida
Malícia,
muita saliva
Enquanto
eu queimo uma sativa
Lá lá
lá
Lá lá
lá, me lambe lá
Lá lá
lá, me lambe, me lambe
Me dê
uma lambida lá
Lá lá
lá
Lá lá
lá, me lambe lá
Lá lá
lá, me lambe, me lambe
Me dê
uma lambida lá
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