Uma das principais promessas da
campanha à reeleição do governador Paulo Câmara (PSB), o programa Nota Fiscal
Solidária (NFS) – ou 13º do Bolsa Família, como ficou conhecido – entra em
vigor na próxima semana, no dia 6 de março.
Enviado à Assembleia Legislativa
(Alepe) no fim de 2018 com pedido de tramitação em urgência, a oito dias para o
seu início efetivo e às vésperas do Carnaval, o projeto de transferência
tributária ainda não foi regulamentado e não há detalhes de como ele funcionará
na prática. O texto da lei nº 16.490, de 3 de dezembro de 2018, diz que será
concedido benefício de até R$ 150 a pessoas cadastradas no Bolsa Família que
comprarem itens da cesta básica – em estabelecimentos que emitam nota fiscal –
entre 6 de março de 2019 e 1º de dezembro de 2019. Se informarem o número dos
seus CPFs no ato da compra, em 2020 essas pessoas receberão 5% do total gasto
no período. Ou seja, para sacar o teto prometido pelo NFS, a família precisará
gastar R$ 333,33 por mês até o início de dezembro com produtos como feijão,
arroz, charque ou óleo.
Sobre as normas de funcionamento do
programa, o texto afirma que elas serão especificadas por decreto em até 90
dias após a publicação da Lei, prazo que se extingue na próxima semana. Em
reserva, uma fonte da Secretaria da Fazenda do Estado afirmou, nessa
terça-feira, dia 26, que devido às mudanças ocorridas no comando da Pasta no
início deste ano, quando o secretário Marcelo Barros foi substituído por Décio
Padilha, provavelmente o cronograma de implantação do NFS seria modificado.
Oficialmente, porém, a Pasta afirmou, em nota, que “o cronograma de implantação
do Programa Nota Fiscal Solidária ocorrerá em conformidade com a lei
16.490, de dezembro de 2018”.
Em resposta a questionamentos sobre
possíveis mecanismos de conferência da pontuação acumulada pelos beneficiários
e sobre o modo como o NFS seria operado, o texto encaminhado pela Sefaz disse
apenas que “o detalhamento referente à operacionalização do pagamento, bem como
o mecanismo de acompanhamento por parte dos beneficiários, serão regulamentados
por decreto”.
O Palácio do Campo das Princesas
garantiu que o Decreto será publicado dentro do prazo estipulado. O líder do
governo na Alepe, Isaltino Nascimento (PSB), reconheceu que há um período
atípico com os festejos carnavalescos no Estado – o prazo para a assinatura do
decreto é dia 4 de março, segunda-feira de Carnaval – mas garantiu que não
haverá prejuízo à população. “O foco central do governador Paulo Câmara é
buscar resolver as demandas das pessoas que mais precisam de atenção do
Estado”.
CONOSCO : Qual a mágica que deve ser feita para uma pessoa que recebe R$ 80,00 reais, por exemplo, de Bolsa família comprar 333,33 reais em alimentos com nota?
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