sábado, 26 de junho de 2010

G 8 SAÚDA ESFORÇOS DO BRASIL E TURQUIA EM RELAÇÃO AO IRÂ

O G8 (grupo dos países mais ricos e Rússia) saudou neste sábado os esforços diplomáticos empreendidos por Brasil e Turquia junto ao Irã, mas denunciou a "falta de transparência" do programa nuclear iraniano.
"Saudamos e respeitamos os esforços diplomáticos, entre eles os realizados recentemente por Brasil e Turquia sobre a questão específica do reator de pesquisas de Teerã", diz o documento final da cúpula do G8 no Canadá.
Apesar disso, os líderes mundiais insistiram, no comunicado, em que o Irã se disponha a um "diálogo transparente" sobre suas atividades nucleares, e em obediência ao "estado de direito" e à "liberdade de expressão".
"Nosso objetivo é persuadir os dirigentes iranianos a se comprometerem num diálogo transparente sobre as atividades de seu país, dentro de um pleno respeito às obrigações internacionais", assinalaram os dirigentes de Estados Unidos, Rússia, Japão, Canadá, França, Grã-Bretanha, Itália e Alemanha.
O G8 também condenou o ataque da Coreia do Norte a um navio sul-coreano. O país afundou a corveta sul-coreana Cheonan, em 26 de março, o que culminou na morte de 46 pessoas. Pyongyang nega a responsabilidade pelo incidente, apesar de uma investigação ter demonstrado o contrário.
Os líderes dos oito países mais industrializados também advertiram hoje que a recuperação da economia ainda está "frágil" e que a crise econômica comprometeu os objetivos de desenvolvimento do milênio das Nações Unidas.
O G8 se reuniu na cidade de Huntsville, no Estado de Ontário, ontem e hoje. O grupo maior do G20 ( 20 países mais ricos do mundo) terá conferências no sábado e no domingo (27), em Toronto.
G20
As estratégias adotadas pelas economias europeias para enfrentar suas crises de deficit e dívida pública deverão dominar as discussões na reunião de cúpula do G20 que começa neste sábado em Toronto, no Canadá, e revelar uma divisão entre os países do grupo.
Enquanto muitos países europeus defendem as medidas de austeridade implementadas recentemente para colocar suas contas públicas em ordem, os Estados Unidos e outras economias, como o Brasil, já manifestaram preocupação de que a retirada muito rápida dos programas de estímulo possa colocar em risco a recuperação mundial.

Folha de São Paulo 





No primeiro discurso de um presidente latino-americano perante o G8 (Grupo dos Oito, principais países ricos mais a Rússia), o presidente colombiano, Álvaro Uribe, vinculou o terrorismo ao narcotráfico e solicitou à comunidade internacional que mantenha o cerco sobre as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Uribe, que foi convidado pelo Canadá a participar de uma sessão extraordinária dos líderes do G8 junto a outros dois países do continente americano incomodados pelo narcotráfico, Haiti e Jamaica, realizou dois discursos durante a Cúpula que começou nesta sexta-feira na região de Muskoka, 200 quilômetros a norte de Toronto.
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"No primeiro discurso falamos como o tema dos narcóticos e o terrorismo não podem ser separados. Um país como a Colômbia ainda tem terrorismo porque tem narcóticos", afirmou Uribe durante entrevista coletiva realizada após o discurso.
As palavras de Uribe foram escutadas não só pelos líderes das oito nações mais industrializadas do mundo, mas também pelos dirigentes de sete países africanos (Argélia, Senegal, Malawi, África do Sul, Nigéria, Etiópia e Egito) também convidados pelo Canadá para acompanhar o primeiro dia da cúpula.
O G8 está especialmente preocupado com a possibilidade de as organizações criminosas do narcotráfico que operam na América do Sul se aproveitem da fraqueza dos Estados africanos para estabelecer suas operações no continente em conexão com organizações terroristas.


DA REUTERS, EM OTTAWA

GOVERNO CANADENSE ENFRENTA CRÍTICAS COM GASTOS NA REUNIÃO DO G8 E G 20