O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) reconheceu na manhã desta sexta-feira (24) que foi alvo de um ataque hacker e tirou a página do ar para manutenção. De acordo com a instituição, os dados de pesquisas já feitas não foram comprometidos pela ação. A informação foi passada pelo instituto em um comunicado enviado à imprensa.
“O ataque à página aconteceu às quatro horas desta madrugada (sexta-feira, dia 24 de junho) e, depois disso, o IBGE retirou o site do ar para reforçar a segurança e fazer a manutenção”, informa o texto. A instituição ainda afirmou que nenhum dado foi comprometido pelo ataque. “O IBGE assegura que o banco de dados de todas as pesquisas está preservado já que não foi atingido pela ação de hackers”
Na madrugada desta sexta-feira, um grupo chamado Fail Shell aplicou um ataque conhecido como defacement. Esse tipo de técnica consiste em alterar a página inicial de um site colocando alguma imagem ou esclarecimento sobre o fato.
Com a alteração feita pelos hackers, a página do IBGE exibia um grande olho com uma bandeira do Brasil e uma mensagem explicando a ação. “Entendam tais ataques como forma de protesto de um grupo nacionalista que deseja fazer do Brasil um país melhor. Tenha orgulho de ser brasileiro, ame o país, só assim poderemos evoluir!”.
Ainda no fim da mensagem, o grupo Fail Shel faz uma crítica aos dois grupos hackers que têm assumido a autoria de vários ataques no Brasil e no mundo: o Anonymous e o LulzSec. “Não há espaço pra grupos sem qualquer ideologia como LulzSec ou Anonymous no Brasil.”
Contra o Governo
Os grupos LulzSec e o Anonymous, recentemente, se uniram contra órgão governamentais de todo o mundo em uma operação chamada de Antisec. “A LulzSec e o Anonymous acabaram de declarar guerra aberta contra todos os governos, bancos e grandes corporações do mundo [...]. O objetivo é expor corrupção e segredos obscuros“, diz o manifesto sobre a parceria.
A divisão brasileira do LulzSec começou a agir na madrugada desta quarta-feira (22), quando fez ataques ao site da Presidência da República (www.presidencia.gov.br), página do Governo (www.brasil.gov.br) e ao site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br).
Na tarde do mesmo dia, o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) afirmou que o ataque foi o maior já sofrido pelo Governo. Segundo o órgão, houve picos de 2 bilhões de tentativas de acessos simultâneos vindos da Itália.
Na manhã da última quinta-feira (23), o grupo hacker liberou supostos dados pessoais de Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, e de Dilma Roussef, presidente do Brasil. Além disso, eles postaram links no Twitter para dois arquivos: um com supostas trocas de mensagens entre funcionários da Petrobras e outro com senhas e logins de acesso a áreas restritas do site do Ministério do Esporte. Durante a tarde, o site do Ministério do esporte (www.esporte.gov.br) saiu do ar.
A publicação desses dois arquivos sugere que o grupo queria provar ao Serpro – que descartou a possibilidade de roubo de informações – que os sistemas também foram invadidos.
Os sites do Senado e da Presidência ainda foram alvo de ataques na tarde da última quinta.
UOL.COM
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