A artista está recém-chegada da Europa e nos dois meses em que passou por lá pode compor novos sucessosem parceria com músicos internacionais. O ano de 2013 vem cheio de memoráveis canções. Sol Alac começa a turnê do show “La Luz de Mis Ojos” com três apresentações em Minas Gerais e uma em Pernambuco.
A cidade mineira de Mariana será a primeira a receber o show, no dia 1º de fevereiro, sexta-feira, no Centro de Cultura SESI Mariana, às 20h30, aberto ao público e gratuito. No dia 3 de fevereiro, domingo, dentro doprojeto Domingo no Museu, o show será em Belo Horizonte no Museu de Arte da Pampulha, às 11h, com ingresso ao preço de R$10,00. Já no dia 7, quinta-feira, Divinópolis receberá, pela primeira vez a cantora argentina, o show será no Teatro Usina Gravatá, às 20h30, e terá entrada franca. Os ingressos poderão ser retirados uma hora antes da apresentação na portaria do Teatro.
Depois de passar por Minas Gerais, Sol Alac irá para Pernambuco onde se apresenta no domingo, 10 de fevereiro, no Garanhuns Jazz Festival, na cidade de Garanhuns, a 228 km de Recife.
Apesar de ser apresentado no período de carnaval, o evento é voltado para o público que deseja fugir das tradicionais micaretas e marchinhas. Considerado um dos maiores festivais do gênero no país, é um verdadeiro encontro cultural entre o Jazz & Blues, Maracatu, Frevo, Pífanos e a cultura local. O evento traz artistas nacionais e internacionais de renome e também reserva espaço para a cultura popular. A programação é gratuita com mais de 20 shows.
A segunda parte da turnê acontecerá em outras grandes capitais do Brasil, dentre elas: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Paraná. A turnê “La Luz de Mis Ojos” é realizada por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e tem o patrocínio do Grupo FIAT.
A artista
A argentina Sol Alac, é de origem eslava e indígena. Tem o tango e o Rock como bases de trabalho. Ela nasceu em Bahia Blanca, cidade da província de Buenos Aires, aos 7 anos de idade a cantora já demonstrava que tinha talento para o estrelato.
No primeiro grau, foi a solista do coro de alunos em grandes apresentações. Teve uma infância regada de música folclórica argentina e sob influência de vozes profundas, como as dos conterrâneos Vitor Heredia, Atahualpa Yupanqui, Mercedes Sosa e dos cubanos Pablo Milanez e Silvio Rodriguez. O tango chegou por meio do rádio sempre ligado do pai.
Sol foi descobrindo sons únicos como Astor Piazzola, e cantores como Roberto Goyeneche, Julio Sosa e Edmundo Riveroque, que seriam uma constante em sua vida. Aos 12 anos, Sol Alac já sonhava em viajar pelo mundo.
Na adolescência teve contato com a música de Jim Morrison, da banda The Doors. E compositores de histórias cotidianas como o espanhol Joaquín Sabina. Gostava dos clássicos The Beatles e Rolling Stones e de bandas como Guns and Roses. Nessa fase, Sol Alac conheceu e viveu o estilo pop de Madonna, Cindy Lauper e dos espanhóis Mecano Alaska e Miguel Bossé.
Aos 17 anos, a artista se aproximou do teatro e, já na universidade, participou de algumas peças. Ao mesmo tempo foi chamada para trabalhos de modelo em comerciais e agências e acabou recebendo convites para fazer desfiles e campanhas nos EUA, Alemanha, Costa Rica, México, Itália e Espanha.
Na volta à Argentina, um ano depois, Sol Alac mergulhou de cabeça na carreira de atriz e participou de diversas produções cinematográficas e televisivas. Sem nunca se separar da música e do canto, a artista se casou com o jogador de futebol argentino Juan Pablo Sorín. Em 2000, o casal se mudou para Belo Horizonte.
Logo veio um período de 6 anos na Europa, onde as artes plásticas e o canto ganharam força. Aprimorou sua voz e intensificou seu trabalho com professores, adquirindo novas técnicas e incorporando outras influências.
No ano 2011 lançou oficialmente sua carreira de cantora. Sol Alac participou de importantes Festivais em Minas Gerais como: Festival Nômade, Festival de Tiradentes, Festival Savassi, entre outros. Seu último show foi em Paris, em La Favela Chic, em novembro de 2012.
La Luz de Mis Ojos
Com um repertório composto de tango fusão, boleros e clássicos da música brasileira, Sol Alac encara 2013 com toda a energia e vibração da “world music”: Maquillaje, Volver, Vete de mi são apenas algumas das músicas que se destacam entre as pérolas do cancioneiro latino-americano que Sol Alac interpreta nesse show, produzido pela própria artista.
A cantora expõe, ainda, que o rock está presente nesta nova turnê e em suas composições autorais. “Intensidade, emoção e paixão são elementos essenciais do tango e também do rock.
“Eu me sinto portenha, europeia e também brasileira, já que eu escolhi viver em Belo Horizonte e ter minha filha aqui. Amo este país pela brasilidade, leveza e, claro, pela musicalidade. Eu não acredito em limites territoriais, em um passaporte”, afirma a artista.
Sol Alac conta que exatamente por este pensamento livre de barreiras, presente também em sua música e sua composição, escolheu músicos de diferentes lugares do mundo para formar sua banda. “Ela reflete minha personalidade. Eu busco diversidade! Temos músicos da França, Uruguai, Argentina e ainda um baixista de Minas tocando conosco nesta turnê. Adoro unir pessoas, pois elas trazem a história de vida dos seus próprios cantos”, comenta.
“Gosto de mudança, não gosto de acomodações, quero sempre descobrir culturas novas, músicas diferentes. Pois quando eu conheço outras pessoas eu me conheço também”, reflete.
Como atriz, Sol Alac usa esta formação para a interpretação das canções. “Particularmente no Brasil escolhi Minas Gerais, pelo calor da sua gente e sua identidade musical que me surpreende, desde Milton Nascimento, passando pelo Clube da Esquina, até os cantores que são menos conhecidos, mas de uma beleza sonora incrível. Hoje, minha vida está aqui, e meu objetivo é construir neste país minha carreira musical e minha historia particular na musica e na arte. Estou fazendo o que eu quero e onde me sinto feliz”, explica Sol.
Na turnê, Sol Alac é acompanhada pelos músicos Olivier Manoury (França) - (bandoneon), Javier Estrella (Francês/Argentina) - (bateria), Pajaro Canzani (Uruguai) - (violão) e Alexandre Mourão (Brasil) - (baixo).