Derrotado na eleição para a presidência do Senado, o senador Pedro Taques afirmou nesta sexta-feira (1) que partidos independentes vão discutir se apresentam representação contra o presidente eleito do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), no Conselho de Ética . O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, denunciou Renan ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.
“Analisaremos isso [representação contra Renan] com os outros senadores”, disse Taques.
O senador qualificou como “seríssima” a denúncia de Gurgel contra Renan.
“O procurador-geral da República ofertou denúncia seríssima em desfavor do senador Renan Calheiros. Agora, o judiciário terá de falar e nós aqui do senado teremos de ouvir”, afirmou Taques.
Para o senador, o fato de Renan Calheiros ter sido absolvido pelo Senado anteriormente não influencia na decisão do Supremo.
“O judiciário é independente e soberano. O judiciário tem de dar a resposta à sociedade. Confio no judiciário, o exemplo é o mensalão. Temos quadrilheiros e corruptos que dormirão em um lugar que não é sua casa”, disse.
Sobre o resultado da eleição, 56 votos para Renan Calheiros e 18 para o peemedebista, além de dois senadores que votaram em branco e dois senadores votaram nulo, Taques disse esperava “dois ou três votos a mais”. Em 2009, o candidato dos “independentes”, senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), teve oito votos contra José Sarney.
“Infelizmente, tivemos esse número de votos, mas a maioria na democracia vence, respeitando as minorias”, disse.
“Não concordo com votos e brancos e nulos. O cidadão não pode se esconder na covardia do anonimato”, completou.
G1
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