domingo, 30 de junho de 2013

"CURA GAY" A CAMINHO DO ARMÁRIO...?



Câmara prepara derrubada do polêmico projeto, enquanto presidente Dilma Rousseff e ministras recebe representantes do Movimento LBGT. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Câmara prepara derrubada do polêmico projeto, enquanto presidente Dilma Rousseff e ministras recebe representantes do Movimento LBGT. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Por Kauê Diniz, com informações da Agência Brasil
A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta sexta-feira, em seu gabinete no Palácio do Planalto, representantes de movimentos da juventude e LGBT, no dia Dia Mundial do Orgulho LGBT. Questionadas sobre o projeto de “cura gay” que tramita na Câmara, as ministras Eleonora Menicucci (Políticas para a Mulher) e Maria do Rosário (Direitos Humanos) limitaram-se a dizer que a presidente é contra qualquer tipo de discriminação.
Na Câmara, líderes de partidos contrários ao projeto que autoriza psicólogos a tentar mudar a orientação sexual de indivíduos assinaram requerimento de urgência para que a proposta seja votada – e derrubada – rapidamente, para atender às demandas das ruas.
Pelo Twitter, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara Federa, criticou a presidente Dilma. O parlamentar, que é pastor evangélico, é um ferrenho defensor do projeto da “cura gay”. “Não há explicação para o desprezo e a desconsideração da presidente Dilma com o segmento evangélico”, escreveu.
Ainda durante o encontro, a presidente Dilma determinou que o governo busque dados estatísticos mais precisos sobre a violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. A orientação foi dada às ministras Maria do Rosário e Eleonora Menicucci.
“É um caminho que o nosso governo tem dado e é uma orientação da presidenta para as secretarias envolvidas trabalharem neste sentido”, disse Eleonora. Segundo o representante da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (ABLGBT), Toni Reis, a presidenta explicou que é preciso ter “números para combater toda e qualquer intolerância e ódio”.
Reis informou que os movimentos entregaram uma carta assinada por todas as organizações ligadas ao setor com vários pontos de reivindicação, entre os quais a necessidade de aprovação do Projeto de Lei 122, de criminalização da homofobia.
Juventude
No encontro com a juventude, pela manhã, Dilma anunciou a criação de um canal de diálogo com a juventude nas redes sociais, chamado “observatório participativo”, a ser lançado em 8 de julho. Por essa ponte, o governo quer discutir temas como educação, saúde, mobilidade urbana e violência nas periferias.
Diferentemente da má impressão que causou nos jovens do Movimento Passe Livre (MPL), recebidos no início da semana, que saíram do Planalto dizendo que a Presidência é “despreparada”, desta vez Dilma agradou. Das 24 representações de jovens que foram ao Palácio do Planalto, dez têm ligação ou são diretamente vinculadas a partidos: estavam lá a juventude do PT, do PMDB, do PCdoB, do PSB e do PDT, entre outros. Dilma ainda disse para os estudantes que o substitutivo que destina 25% dos royalties para a saúde é “uma boa solução”.

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