sábado, 27 de julho de 2013

TRABALHO DE PARTEIRAS, BLUES e MAGIA NO PAU POMBO

Luna Markman Do G1 PE


Exposição "Parteiras - um mundo pelas mãos" reúne fotos de Eduardo Queiroga (Foto: Luna Markman / G1)Exposição "Parteiras - um mundo pelas mãos" reúne fotos de Eduardo Queiroga (Foto: Luna Markman / G1)

O Parque Ruber Van Der Linden, famoso por acolher o Palco Instrumental, também abriu espaço, nesta sexta (26), para uma exposição fotográfica sobre parteiras e ainda recebeu uma intervenção com proposta bem interessante do coletivo Tear. A música fez parte da programação e animou o público, com shows de Orlito Blues e Sid 3 Sacrifício e Fé, João Paulo Albertim e Louise Wooley.
Molduras de madeira vazadas, penduradas em locais estratégicos, buscavam chamar a atenção do público para detalhes que estão 'na cara' de todos, mas passam muitas vezes despercebidos. A intervenção "Olha" enquadrou, por exemplo, um cacto resistente em meio a uma vegetação que não é a dele. "A ideia é sensibilizar o olhar humano em relação ao espaço físico em que ele vive, levando em conta a memória do local", explicou o artista visual, Leo Silva, que concebeu o projeto.

Comerciante Eduardo Guerra aprovou a mostra (Foto: Luna Markman / G1)Comerciante Eduardo Guerra aprovou a mostra
(Foto: Luna Markman / G1)
Fotografias impressas em tecidos, pendurados em varais, também atraiu olhares do público, que conheceram parteiras do interior de Pernambuco, além de práticas e saberes das profissionais. O comerciante Eduardo Guerra gosta de fotografar nos momentos de lazer e gostou bastante da mostra. "Gostei do tema e achei criativa a forma de expor as fotos, em varais, e fiquei até com uma curiosidade no começo se eram pinturas em cima de fotos ou impressão, pois ficaram muito vivas, nos transportam para a realidade delas. A noite também da um efeito visual legal, porque 'rola' outras luzes", disse.
A exposição "Parteiras - um mundo pelas mãos" percorreu dois municípios pernambucanos - Palmares, na Mata Sul, e Caruaru, no Agreste - além do território indígena Pankararu, no Sertão. O projeto do Instituto Nômades tem gerado uma série de desdobramentos, desde um inventário dos saberes até o sonho de um Museu da Parteira. As fotos são de Eduardo Queiroga.
Quem abriu a programação musical foi a banda Orlito Blues, de Garanhuns, que tem um trabalho autoral com bases no rock, reggae e blues. Em seguida, o baterista Sid 3 Sacrifício e Fé mostrou o trabalho solo, que ele explica como "o símbolo da melancolia da Mata Norte", região onde fica a cidade natal dele, Tracunhaém. Os shows seguiram com João Paulo Albertim e Louise Wooley. A programação do sábado (27), último dia de evento, tem Cláudio Lins, Walter Areia e Grupo Música Aberta, Fernando Catatau e o Instrumental e Entrevero Instrumental, a partir das 17h.
Intervenção 'Olha' pretene sensibilizar o olhar humano em relação ao espaço físico em que ele vive (Foto: Luna Markman / G1)Intervenção 'Olha' pretene sensibilizar o olhar humano em relação ao espaço físico em que ele vive (Foto: Luna Markman / G1)

Trilha sonora da banda Orlito Blues animou o público (Foto: Luna Markman / G1)Trilha sonora da banda Orlito Blues animou o público (Foto: Luna Markman / G1)

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