Nealdo ZAIDAN
Só um choro de criança,
nenhum cheiro de comida.
Um chão de terra batida Nenhum resto de esperança.
O cheiro de caranguejo que o vento traz do mangue.
No coração um desejo; na boca o gosto de sangue!
A cama? Um papelão. A mesa? O próprio chão;
a coberta alguns trapos e a roupa em farrapos.
O pai? Há muito sumiu antes mesmo dela nascer!
Tem um Cristo e Nossa Senhora (prá quem Maria rezava),
no prego que era da rede com a qual seu homem pescava,
antes de ir embora. Luz? Somente a da lua. Água?
Pega na rua na praça que bem guardada o guarda deixa pegar.
A criança? Uma menina com o nome de Açucena;
olhar doce, face serena que cada dia mais “afina”.
É a tal desnutrição. E os “homens”?
Nem querem ver, Maria não sabe ler... Não vota na eleição!...
Um chão de terra batida Nenhum resto de esperança.
O cheiro de caranguejo que o vento traz do mangue.
No coração um desejo; na boca o gosto de sangue!
A cama? Um papelão. A mesa? O próprio chão;
a coberta alguns trapos e a roupa em farrapos.
O pai? Há muito sumiu antes mesmo dela nascer!
Tem um Cristo e Nossa Senhora (prá quem Maria rezava),
no prego que era da rede com a qual seu homem pescava,
antes de ir embora. Luz? Somente a da lua. Água?
Pega na rua na praça que bem guardada o guarda deixa pegar.
A criança? Uma menina com o nome de Açucena;
olhar doce, face serena que cada dia mais “afina”.
É a tal desnutrição. E os “homens”?
Nem querem ver, Maria não sabe ler... Não vota na eleição!...
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