Seria de bom alvitre que o Comitê político da
campanha do ex-governador de Pernambuco fizesse um pronunciamento público sobre
uma série de pichações anônimas que recobrem os muros do Recife, em locais
estratégicos da cidade. Segundo a legenda dessas pichações, foi o Partido dos
Trabalhadores que matou Eduardo Campos. Como em ocasiões anteriores, este
expediente calunioso e imoral foi utilizado contra candidatos que eram os
preferidos pela opinião pública. Quem não se recorda do que foi feito com o
ex-senador Marcos Freire? – Muitas questões envolvendo essa tragédia
aeronáutica continuam sem resposta; sobretudo aqueles atinentes à titularidade
do aparelho e os beneficiários dos depósitos “em contas fantasmas”
correspondentes ao aluguel da aeronave. Naturalmente, o proprietário – seja
deste ou do outro mundo – terá de assumir a responsabilidade civil e criminal
pelas consequências do sinistro. Pior é dúvida que começa a florescer entre os
eleitores de bem (não de bens) sobre os financiadores da campanha eleitoral.
Agora, venha à tona a informação que uma das empresas beneficiadas com renúncia
fiscal pelo hoje candidato do PSB ao governo do estado, quando era secretário
da Fazenda, foi um dos intermediários da compra da aeronave sinistrada.
Será que já não está na hora dos órgãos de
controle e fiscalização da campanha eleitoral pedirem uma explicação sobre
todas essas questões? – Ou vamos esperar o fato consumado do resultado
eleitoral, para correr atrás da fraude ou do crime eleitoral?
Essa operação de troca dos nomes da chapa
majoritária do PSB às eleições presidenciais está cheirando cada vez a coisa
estragada. Primeiro, a candidata nunca renunciou à sua condição de presidente
do seu partido “rede-sustentabilidade”, o seu discurso é de uma militante
pentecostal, apesar da agenda pós-moderna do verde, da equidade e da
sustentabilidade. Discurso despolitizado como convém a quem quer engabelar os
“bestas”. Aproveitou-se da produção cinematográfica do funeral do ex-governador
e do poder de escolha da oligarquia local para “cavar” a própria candidatura,
mesmo contra a opinião dos próceres nacionais do PSB. E agora vem acusando o
governo petista de fazer ameaças e intimidações como o “slogan” – “de volta ao
passado”. Se fosse o passado recente (o neo-liberalismo do PSDB, até que não
seria tão espantador. Pior é volta aos tempos da Caverna, da Pré-história, de
Brucutu e da família buscapé.
Os eleitores ainda não se deram conta de quem
é esse simulacro de candidatura. ele é produto de uma engenharia perversa,
alimentada por muitos interesses, que aproveitando o desgaste da presidente
Dilma, se insinua como “novo”, “diferente”, “alternativo”. Não sabem os
marqueteiros, que o ex-presidente Fernando Collor – outro simulacro eletrônico
de político – também surgiu falando em novidade, em modernidade, em eficiência
e coisas que tais. A diferença é que Collor só confiscou a poupança dos mais
humildes. A “santinha do pau oco” é mais perigosa. Ela esconde, atrás do verde,
o espantalho dos costumes e crenças de antanho. Mas ainda temos tempo de
revelar a verdadeira face da irmã Marina. O cometa eleitoral parou de subir. A
mentira tem perna curta. E muita coisa “estranha” ainda vai aparecer até as
eleições de outubro.
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