O
candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, reafirmou ontem que a presidente
Dilma Rousseff (PT) está “à beira de um ataque de nervos”. Ele fez campanha em
Curitiba e disse estar pronto para enfrentar os ataques da petista na reta
final da disputa presidencial. O candidato voltou a comemorar o apoio da
ex-senadora Marina Silva (PSB), terceira colocada no primeiro turno.
“No
que depender de mim, serei muito firme na defesa dos nossos projetos, mas,
infelizmente, o que estamos assistindo no campo situacionista hoje é uma
candidata à beira de um ataque de nervos, que, indiretamente, volta a fazer
aquilo que foi sempre a principal arma do PT, não apenas contra mim, foi contra
o Eduardo (Campos) e contra a Marina (Silva). Mas comigo isso não vai pegar”.
Aécio
Neves disse não saber qual será o papel do PMDB em um eventual governo tucano.
“Sinceramente, nem pensei nisso. A minha relação é com as forças políticas que
estão no nosso entorno. Estou extremamente honrado com os apoios que tenho
recebido desde que saiu o resultado das urnas", disse o candidato. A
declaração de Aécio veio horas depois de seu anfitrião na tarde de ontem, o
governador Beto Richa, afirmar que não é preciso excluir o PMDB em um eventual
governo do PSDB. Segundo o governador reeleito do Paraná, existem bons
políticos no partido de Michel Temer. “Dá sim para fazer uma boa composição
partidária que garanta a governabilidade a partir do Congresso Nacional, em
altíssimo nível”.
Aécio
destacou ainda o apoio de Marina Silva. Afirmou que é possível que os dois se
encontrem ainda esta semana. Depois de afirmar que o acordo de Marina não
é eleitoral, mas para “o futuro”, o candidato do PSDB esclareceu que a
declaração não quer dizer que haverá uma participação da ex-senadora em seu
governo. “A forma como Marina veio honra a boa política brasileira. Não pediu
absolutamente nada, não insinuou absolutamente nada em relação a cargos.
Estamos fazendo algo muito maior”, disse o candidato.
O
tucano afirmou que, caso ficasse fora da disputa do segundo turno, não tem
dúvidas de que estaria ao lado de Marina. Depois de adiar a decisão por uma
semana, Marina anunciou apoio a Aécio no domingo. Antes dela, separadamente,
ele já havia recebido a adesão do partido dela, o PSB, e da família do
ex-governador Eduardo Campos.
O
candidato à Presidência chegou ao centro de convenções na Zona Oeste de
Curitiba acompanhado dos correligionários Beto Richa e Álvaro Dias, reeleitos
governador e senador respectivamente pelo Paraná, além do senador eleito em São
Paulo, José Serra.
AGRADECIMENTO:
Aécio
venceu a disputa em primeiro turno no Paraná, com 49,79% dos votos, contra
32,54% de Dilma Rousseff. “Pisando aqui em solo paranaense, pela primeira vez,
após o primeiro turno, quero agradecer imensamente ao povo paranaense por essa
extraordinária e histórica votação”, afirmou.
O
candidato disse ainda que pretende usar os debates, o primeiro será realizado
hoje pela Rede Bandeirantes, para apresentar propostas: “As pessoas querem
ouvir o que cada candidato tem a dizer sobre o caminho para melhorar o emprego,
o caminho para fazer com que a inflação seja efetivamente controlada, o caminho
para a qualidade da saúde pública melhorar e para a criminalidade diminuir”.
Depois
do ato político, o candidato esteve na Sede Nacional da Pastoral da Criança,
onde assinou o pedido de beatificação da criadora da entidade, Zilda Arns, que
morreu em 2010 em um terremoto no Haiti. Ele foi acompanhado do vice-governador
eleito do Paraná, Flávio Arns, que é sobrinho de Zilda.
Da redação Sináculo
Fonte: Diário de Pernambuco
Imagem: Diário-PE
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