Ao
contrário dos dois últimos encontros, o terceiro debate entre os candidatos à
Presidência da República, neste segundo turno, na noite deste domingo (19), na
Rede Record, se deu em temperatura branda e baseado em propostas entre a
presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), e o senador Aécio
Neves (PSDB). Uma mudança de postura certamente baseada na enxurrada de
críticas que receberam após o debate da última quinta-feira, no SBT, quando
adotaram tom muito agressivo um contra o outro. Apenas no final do primeiro
bloco houve embate um pouco mais áspero entre os dois. Mas mesmo assim, dentro
do debate político e em clima muito menos bélico do que nos encontros
anteriores.
As
questões administrativas permearam todo o encontro. Temas como a ampliação do
Simples, a segurança pública, o desemprego e leis trabalhistas, o controle da
inflação, combate à pobreza, saúde, educação e infraestrutura forma tratados
sem confrontos mais áridos entre os dois.
No
fim do primeiro bloco, quando Aécio trouxe para o debate a questão do
Petrobras, os dois começaram a trocar rápidas farpas. E durante o restante do
encontro se deu dessa forma, com pequenas alfinetadas de parte a parte.
“Cobrei
uma posição da senhora em relação às denúncias da Petrobras. E quero fazer um elogio:
a senhora ontem (sábado, 18) reconheceu que houve desvio. Um dos denunciados, o
tesoureiro do PT, João Vaccari, tem cargo no Governo. Ele vai continuar?”,
indagou o tucano, ainda no primeiro bloco.
Em
sua resposta, a presidente Dilma lembrou que o ex-presidente do PSDB Sérgio
Guerra foi citado no episódio, e lembrou que que, no seu Governo, os casos são
investigados. “Ao contrário dos governos do partido do senhor. Não foram
investigados o caso da Pasta Rosa, da compra de votos para a reeleição, os corruptos
dos trens e metrôs em São Paulo. Nada foi investigado”, disparou a petista. A
Petrobras voltou ao debate no início do segundo bloco.
No
mais, houve um festival de números de lado a lado. Bem como cada um dos
candidatos não cansaram de dizer que o adversário estava desinformado”. Chamou
atenção durante o debate as inserções de Aécio, nos intervalos comerciais, em
que era colocada uma gravação na qual a presidente Dilma fazia elogios ao
tucano, na época em que ele era governador do Minas, durante uma agenda
administrativa.
CLIMA:
Um
fato curioso ocorreu durante o primeiro bloco. O embate envolvendo a inflação
entre Aécio e Dilma provocou manifestações na plateia. Quando o tucano afirmou
que a petista não pode falar de um governo dele pois ele “não governou o Pais
ainda”, tucanos deram risada aprovando a afirmação. Dilma referia-se ao governo
do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Depois,
na sequência quando a petista afirmou que o PSDB está acostumado “a plantar
inflação para colher juros” foi a vez de a plateia petista aprovasse a
afirmação com manifestações verbais e algumas risadas. Ao término do encontro,
quando os candidatos fizeram as suas considerações finais, os aliados tanto de
Dilma, como de Aécio festejaram a conclusão dos seus candidatos.
Da redação Sináculo
Fonte: Blog da Folha
Texto: Márcio Didier
Imagem: Folha-PE
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