O
PSOL-PE protocolou, nesta sexta-feira (3/10), um pedido no Tribunal Regional
Eleitoral para que a Justiça e o candidato a governador Paulo Câmara informem a
origem das doações de campanha recebidas sem identificação do doador
originário. Com base na Lei de Acesso à Informação, o PSOL requer que se
explicite, com a maior rapidez possível, de onde foram arrecadados os cerca de
R$ 8 milhões transferidos para a campanha do candidato via conta do diretório
Estadual/Distrital e do comitê financeiro do PSB.
O
pedido foi protocolado pelo presidente em exercício do PSOL/PE, Edilson Silva,
e outros representantes da Executiva Estadual como Albanise Pires e Roberto
Numeriano. A ação menciona o fato de que, na última terça-feira, durante
debate realizado pela TV Globo, ao ser instado pelo candidato a governador Zé
Gomes (PSOL) a revelar os nomes de seus doadores ocultos, Câmara ter se
comprometido, diante das câmeras e do povo pernambucano, a prestar as
informações.
Entretanto,
não o fez no dia seguinte. E ontem, após muita pressão da população e da
imprensa, se limitou a apresentar, em seu site, extratos de sua prestação de
contas, ainda sem revelar os doadores. Seu partido, conforme o sistema da
Justiça Eleitoral, recebeu dinheiro de empreiteiras com contratos na
administração estadual.
Em nota, o PSOL repudiou a
falta de transparência no processo eleitoral, as campanhas milionárias e as
relações suspeitas entre empresas beneficiadas com contratos com o Estado e
candidaturas que facilitaram este beneficiamento. Também protestou contra o
“processo de privatização da atividade eleitoral, que solapa a nossa democracia
e coloca o interesse público na sala de espera dos interesses privados de
poucos”.
“Dentre
os doadores apresentados estão empresas como a OAS, beneficiada com obras no
Estado e outras também beneficiadas na Parceria Público-Privada com a Compesa,
por exemplo. É mais um episódio – somado ao caso do avião usado em campanha
pelo PSB e que foi supostamente comprado por empresa também beneficiada com incentivos
do governo estadual – que precisa ser esclarecido e exige da sociedade
vigilância", diz a nota.
"Só
a OAS, pelos números apresentados até aqui, já doou pelo menos R$ 3,5 milhões à
campanha de Paulo Câmara. É uma quantia incrivelmente absurda, que não pode ser
compreendida como mera afinidade política com o candidato e muito menos
espírito republicano em prol do fortalecimento de nossa democracia”,
acrescenta.
Fonte: Assessoria PSOL
Imagem: PSOL
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