História
No fim do Século XIX, alguns intelectuais do Recife cogitaram a criação de uma nova academia literária, que teria o nome de Academia Pernambucana de Letras. José Isidoro Martins Júnior, Artur Orlando da Silva, Eduardo de Carvalho e Joaquim Thiago da Fonseca endereçaram um convite a Carneiro Vilela para fazer parte da nova instituição, não tendo ele aceito tal convite, expondo no jornal A Província uma nota explicando sua recusa.
O mesmo Carneiro Vilela, no entanto, fez parte do grupo de intelectuais que em 1901 fundaram a Academia.
Em 28 de dezembro de 1900 foi publicada uma nota a respeito da iminente instalação da academia no Jornal do Recife e no Diario de Pernambuco.
Na ata da sessão ordinária de 10 de janeiro de 1901, no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano foi assentado o seguinte texto:
A Academia Pernambucana de Letras foi fundada em 26 de janeiro de 1901, no Recife, por Carneiro Vilela e outros escritores pernambucanos da época, com um total de 20 cadeiras. Foi uma das primeiras academias de letras do Brasil, sendo precedida apenas pela Academia Cearense de Letras, pela Academia Brasileira de Letras e pela Academia Paraense de Letras.
O Sr. Dr. Regueira Costa pediu, e o Instituto aprovou, que se concedesse o salão de honra para nele ser instalada solenemente, no dia 26 do corrente, a Academia Pernambucana de Letras, a qual, conforme resolução do mesmo Instituto, continuará a funcionar na sede de suas sessões.
Em 14 de janeiro daquele ano houve uma sessão preparatória para instalação da Academia, com a aprovação da Lei Orgânica e escolha dos patronos das vinte cadeiras que a comporiam.
Em 26 de janeiro, em sessão solene no salão nobre do IAHGP, instalou-se a Academia Pernambucana de Letras, sob a presidência de Carneiro Vilela, com a presença do governador Antônio Gonçalves Ferreira e com discurso de Carlos Porto Carreiro.
Dissolvida em 1910, a Academia foi reorganizada em 1920 e, em 1921, teve o número de cadeiras aumentado para 30, passando para as atuais 40 em 1960.
Atualmente é presidida pela Acadêmica Fátima Quintas (Cadeira nº 31), empossada em 26 de janeiro de 2012, em substituição a Waldenio Porto, que a presidiu por 10 anos.
Antecessoras
A Academia Pernambucana de Letras não foi a primeira associação literária fundada em Pernambuco. Antes dela houve:
Academia Suassuna, fundada em 1802;
Academia Paraíso, fundada em 1807.
Essas academias, no entanto, não tinham apenas interesse literário. Seus maiores interesses eram políticos, de ideologia republicana, e ambas se dissolveram em 1817, quando houve a Revolução Republicana.
No final do século XIX e início do Século XX houve várias associações literárias que congregavam pequenos grupos de intelectuais em locais variados:
Cenáculo Pernambucano de Letras;
Academia Recifense de Letras1 ;
Silogeu Pernambucano de Letras;
Grêmio Recifense de Letras;
Falange Literária Dr. Oliveira Lima;
Cenáculo da Livraria Silveira;
Academia Mozart 2 ;
Café Lafayette, na Rua Primeiro Março, que, entre 1919 e 1930, funcionou como uma verdadeira academia, onde os intelectuais recifenses se reuniam. Entre eles, Ascenso Ferreira, Benedito Monteiro, Osório Borba, Joaquim Cardozo, Nilo Pereira (potiguar radicado no Recife), Esmaragdo Marroquim, Waldemar Lopes, Austro-Costa.
Sede
A Academia Pernambucana de Letras foi criada em dependência do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, cedida para sua instalação.
Em 1966, o governador Paulo Pessoa Guerra desapropriou o solar que foi residência do Barão Rodrigues Mendes (João José Rodrigues Mendes), projetado pelo arquiteto Louis Léger Vauthier. A propriedade foi doada à Academia Pernambucana de Letras e passou a ser sua sede permanente.
Pseudônimo de Coracy Teixeira Bessa, médica, membro da SOBRAMES/BA.
Dados bibliográficos, na Livraria Cultura
Não foi concedido prêmio.
O Prêmio Waldemar Lopes não teve vencedor em 2011 nem em 2012.
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