quarta-feira, 29 de março de 2017

CENTRO CULTURAL ALFREDO LEITE CAVALCANTI. UMA HISTÓRIA ADORMECIDA NO PORÃO DO DESCASO

         

Em redes sociais vi um depoimento que assinalava:

 "É de doer na alma ver um equipamento cultural tão importante desativado há anos pelo poder público, que não dá satisfação à população sobre os encaminhamentos da possível reforma do espaço.
 Este foi meu lugar de trabalho durante alguns anos, quando lá funcionava a Secretaria de Cultura de Garanhuns (incorporada à Secretaria de Turismo no começo deste ano), e lembro-me como era mágico viver nesse ambiente de tanta memória e arte.” 



         Essa postagem ocorreu exatamente quando o  mundo celebrava o Dia Mundial do Teatro e, em Garanhuns a comemoração se dava com o Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti, de portas fechadas, cortinas empoeiradas  pelo tempo.

        O Centro Cultural parecia adormecido até que o recente encantamento do maior representante das artes cênicas da região, Marcos Gago, foi nele velado e, sob protestos dos artistas presentes  que acusavam  falta de apoio para as artes e artistas, reacenderam a discussão do descaso do local que deveria lhes servir de abrigo e apenas jazia inerte sob o descaso dos  órgãos responsáveis.

     Como escreveu o Gago: "será preciso que alguém saia do mundo para consertá-lo?"


            Pois é... Centro Cultural... Um espaço tão lindo e cheio de histórias. Ali nasceu o crescimento de um município que através de suas linhas férreas traziam-nos progresso, encurtava divisas e, também, foi o caminho utilizado para a vinda de jagunços que ensanguentaram algumas páginas históricas  com a centenária hecatombe.

         


            
          Registramos a única ação que buscaria reascender o Centro Cultural e que nos tomou com comemoração antecipada: seria o empenho pela vinda da Maria Fumaça, em meados de 2015, exatamente em 17 de agosto de 2015, quando os blogs destacavam a seguinte notícia:

Locomotiva vai regressar a Garanhuns 44 anos após desativação de linha de trem no município




A antiga Maria Fumaça, que conduzia o trem que fazia o percurso entre Garanhuns e várias cidades do interior, até chegar à capital, vai retornar a Suíça Pernambucana e ser instalada como atração turística nas proximidades do Centro Cultural. A informação são  dos competentes blogueiros Roberto Almeida e Carlos Eugênio

Segundo o jornalista, a vinda da locomotiva em definitivo para Garanhuns foi confirmada  pelo prefeito Izaías Régis (PTB). A locomotiva se encontra atualmente em Alagoas, na região  de São José da Laje, mas já está liberada para nosso município.

"Possivelmente quando estiver instalada ao lado da antiga estação de trem a máquina fará um pequeno percurso para lembrar as antigas viagens de trem, proporcionando aos garanhuenses e os turistas um gostinho todo especial," diz trecho da matéria assinada por Roberto Almeida. O
 blog V&C concluiu a linda matéria

Do V&C: bela iniciativa do Governo Municipal de Garanhuns: o resgate da história de um povo não tem preço e é inegável que, sem essa ferrovia,  o desenvolvimento de Garanhuns teria parado no tempo. Acertada decisão.

       Entretanto, nada ainda aconteceu. As dificuldades deste resgate, sabemos que são muitas e, é lamentável que se deixe  perder no espaço e no tempo uma história tão bela nascida exatamente quando nasceu o município de Garanhuns. Um espaço público, uma ferramenta imensurável , palco da vinda de artistas renomados e grandes espetáculos. Um ponto turístico de uma cidade com vocação  turística em chamas... que essas chamas não virem cinzas...



Ana Jaira Lira Muito triste Pedro Francisco Teixeira, que bom que temos boas lembranças desse lugar encantador...

Kallyanne Brasil Alguém marque Izaias nesse poster e acrescente que a arte, a cultura, além de ser fonte infinita de conhecimento tbm proporciona o prazer e impulsiona a economia da cidade.

Fabiana Vital Triste ter presenciado as portas do teatro se abrirem para receber o corpo de Marcos Freitas depois de tantos NÃO que ele recebeu da gestão municipal enquanto estava vivo. Que vergonha Garanhuns!

Jorge Nascimento É uma pena!!!

Miriam Carvalho de Freitas E só para complementar, a rotunda, as divisórias os tecidos que hora ainda existem de cor Preto. No palco, Foi o Marcos Freitas em minha máquina de costura que os deixou!



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