Os professores da Rede Municipal de Ensino de Garanhuns
decidiram por unanimidade decretar Estado de Greve, em assembleia realizada na
última quinta-feira, dia 24.
A principal pauta da reunião foi avaliar, segundo a
Categoria, os prejuízos, para os professores da diminuição de 180 para 150
horas a carga horária dos docentes Nível 1, após projeto aprovado na Câmara
Municipal.
Ainda durante a Assembléia foram discutidos assuntos relacionados a reformulação do PCCR; a negativa de uma maior representatividade dos professores na reformulação do PCCR; o não atendimento às recomendações do Ministério Público de Pernambuco; a falta de uma resposta oficial por parte do Governo Municipal em relação às reivindicações da Categoria e um suposto assédio moral por parte de alguns Gestores aos Professores. Uma paralisação de advertência será realizada nessa quarta-feira, dia 30, quando, segundo o Sindicato da Categoria, não haverá aula nos três turnos escolares.
Ainda durante a Assembléia foram discutidos assuntos relacionados a reformulação do PCCR; a negativa de uma maior representatividade dos professores na reformulação do PCCR; o não atendimento às recomendações do Ministério Público de Pernambuco; a falta de uma resposta oficial por parte do Governo Municipal em relação às reivindicações da Categoria e um suposto assédio moral por parte de alguns Gestores aos Professores. Uma paralisação de advertência será realizada nessa quarta-feira, dia 30, quando, segundo o Sindicato da Categoria, não haverá aula nos três turnos escolares.
A POSIÇÃO DA PREFEITURA – O Governo Municipal de
Garanhuns se pronunciou a respeito do assunto via Nota de Esclarecimento.
Confira:
“NOTA DE ESCLARECIMENTO - ESTADO DE GREVE -
A respeito do
estado de greve decretado por alguns professores de Garanhuns, a Secretaria de
Educação do município vem a público esclarecer alguns desses pontos. A situação
da Educação de Garanhuns, bem como em todo o país, é e sempre foi delicada.
Porém, o diferencial de quando se faz uma gestão participativa é que todos
podem se manifestar. E esta é uma característica da gestão atual da pasta. A
equipe à frente da Secretaria de Educação se disponibiliza, desde o início
deste período de tensão, para o diálogo e a busca de alternativas para resolver
o impasse. Pois, nenhuma discussão é saudável e lógica se não houver a intenção
resolutiva ao invés de combativa por si só. A busca do direito é justa, mas o
direito do aluno também precisa ser preservado.
Sigamos aos pontos questionados na postagem:
Os 200 dias letivos dos alunos estão sendo assegurados sim.
Isso porque são desenvolvidas atividades intracurriculares de forma alternada
para a promoção de aprendizagem. A parte do currículo diversificado já existia
no planejamento pedagógico das escolas com contação de histórias em sala,
visitas técnicas, Maria da Penha Vai à Escola, Escola no Cinema, AMSTT, salas
de leitura. Tudo estava no planejamento, apenas foi reorganizado para as
terças-feiras.
Nos dias em que eles estão em sala e não há professores
ministrando aulas (por conta da paralisação), os supervisores e equipe gestora,
que também são professores, planejam as aulas e as executam. Assim, são
mantidos os alunos em sala de aula e no ambiente escolar, onde muitos deles têm
a única refeição do dia com qualidade e onde, através da frequência, garantem
que as famílias recebem benefícios sociais. É uma questão bem mais ampla do que
pode parecer se olhada de forma superficial. Sendo assim, ninguém está sendo
prejudicado com a ampliação da aprendizagem por meio de atividades
transdisciplinares. Na verdade, são beneficiados, numa análise mais profunda.
O PCCR está sendo analisado e reformulado por uma comissão de
11 professores que representam todos os segmentos, inclusive sindicalistas.
A comissão para a formulação do PCCR é paritária.
Então, caso aumente a participação do Sindicato também será obrigatório
aumentar a participação de todos os outros. Uma discussão com tantos
participantes pode não ser conclusiva e não ser satisfatória para a comunidade
escolar.
Atender à recomendação do MPPE vai de encontro ao artigo 37
do PCCR, que foi criado pelos próprios professores e sancionado pelo Poder
Executivo em 2010. O atual posicionamento visa cumprir a Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Acusar a Secretaria de Educação de falta de diálogo ou de
abertura é errôneo, visto que a gestão sempre esteve aberta a ouvir sugestões
viáveis. A secretária de Educação, Eliane Simões, se disponibilizou
pessoalmente para atender a cada um, de forma propositiva. Foram solicitadas ao
próprio Sindicato as propostas, mas o que a Secretaria recebeu foi uma
imposição por parte do Sindicato, que não abria negociação, tampouco
apresentava uma solução realmente viável.
Quanto ao questionamento das horas, a Secretaria esclarece
que o concurso foi realizado para 150 horas/aula os aprovados assinaram o
contrato concordando com a informação que já constava no edital e não há o que
se discutir no momento quanto a esse fato. O concurso foi para 150 horas/aula,
portanto, seguindo o edital com o qual todos concordaram, deve-se trabalhar 150
horas/aulas e receber por 150 horas/aulas.
Quanto ao assédio moral, a Secretaria de Educação desconhece
tal ato e se coloca à disposição, mais uma vez, para receber denúncias e
provas, de forma sigilosa, caso o professor prefira, para apurar os fatos e
punir quem está assumindo essa postura. Assédio não será aceito sob nenhuma
hipótese.
Vale salientar que encontramos soluções para as terças-feiras,
quando há a parada semanal, e agora alguns professores decidiram decretar
oficialmente estado de greve. De toda forma, vamos continuar buscando
alternativas para que os alunos não sejam prejudicados. Afinal, é essa a nossa
responsabilidade: formar cidadãos de bem e fornecer conhecimento para que eles
sigam sempre além. Mais uma vez, a Secretaria volta a afirmar que está
disponível para diálogos propositivos e que continuará enfrentando todos os
desafios da Educação, que são muitos. A Educação de um município é um dos
pilares para a construção de uma sociedade mais justa e a gestão da pasta está
empenhada em colaborar com essa construção de forma viável”.
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