Mês passado o ex-prefeito da cidade de Bom Jardim, Noé Souto Maior,
apresentou aos familiares, admiradores e amigos, o Livro Rabiscos
- Memórias dos 90 anos, uma pérola que ele dedicou a todos que o seguiram
nessa longa estrada de uma vida sempre pautada na ética, na moral e em trabalhos
à população, que o aclama como referência de uma politica
séria, justa sem qualquer rasura em todos os anos que esteve como
gestor da Prefeitura Municipal de Bom Jardim.
O livro, muito
bem elaborado e bonito de se vê, chegou em minhas mãos através da amiga,
e filha de Bom Jardim, Maria das Dores Leal, que também teve a
incumbência de entregar um exemplar, polidamente dedicado ao Dr Ivan
Rodrigues, outra lenda viva da ética e de defensoria de uma politica que
deve ser vivenciada para o povo e pelo o povo. Ivan, muito emocionado chega a encher
seus olhos, que tantas belezas já viram, de lágrimas de emoção e saudades do
velho amigo de guerras em favor da justiça e igualdade social, e outro exemplar entregue para o
amigo-irmão, Adelino José.
Noé
Souto Maior pode ser traduzido a: Noé – que
separou, a ordem de Deus, animais para povoar a terra que um dia seria esse chão. Souto, poderíamos
atribuir àquele que não tem nós nem laços com vaidades ou
superficialidades, se não com a boa fé politica, e Maior – como
parte de quem sempre foi grande, gigante como o hino brasileiro descreve:
Gigante pela própria natureza.
Filho do Sr Manoel
Arnóbio Souto Maior e da Sra. Marieta Travassos Sarinho, nasceu em 12
de setembro de 1926, na casa nº 05 da rua Tabelião Manoel Arnóbio Souto Maior.
Aos 11 anos de idade, viu seu genitor ser levado para a prisão e
daí, começou, de maneira tão triste e sofrida, a entender o sentido da vida e o
que era ele próprio diante da mesma.
É casado, desde 12 de
outubro de 1952 com a companheira, amiga e incentivadora, Sra. Íris
Vieira Souto Maior, tabeliã aposentada. O casal teve 5 filhos: Sidrônio
Vulpiano, Noé Junior (seguindo os passos do pai, conduziu a prefeitura da cidade com muita
honestidade e muita determinação) , Paulo Fernando (in memoria), Maria
de Fátima Cardoso e Yuri Souto Maior, além de ser considerado o grande pai
da população local. Seus filhos lhes dera 15 netos, 15 bisnetos e uma tri-neta,
que são a continuação de sua vida, criados, todos, com muita retidão.
Sua
história de sucesso começou a ser escrita quando trabalhou como
alfaiate; escrevente do 2° cartório; secretário da prefeitura em 1947;
secretário da prefeitura de Moreno em 1952; delegado de ensino em Bom Jardim em
1955; primeiro tabelião, oficial do registro de imóveis; título e documento
particular; escrivão do civil e crime da comarca de Bom Jardim; secretário
e presidente da cooperativa de crédito Bom Jardim Limitada, além de
outras funções que desempenhou com muita sabedoria.
Depois
de uma trajetória de sucessos, e popularidade, chegou à prefeitura Municipal de
Bom Jardim em 1963 e lá ficou até a 1969, sendo o prefeito da pós ditadura e
restruturação do nosso país. Em 15 de
novembro de 1972, foi eleito vice-prefeito assumido as funções de prefeito em
31 de janeiro de 1973, cargo que exerceu até 31 de janeiro de 1977. O fato se deu
em decorrência de uma licença do gestor executivo, O Marechal da vitória Dr.
Osvaldo Cavalcanti da Costa Lima.
Noé Souto
Maior, que integra de maneira atuante a Maçonaria
sendo ele, o grau maior, traz, entre tantas comendas e
títulos, o de Enciclopédia Viva do Bom Jardim e seus antigos
Distritos (Machados, Orobó, Surubim, João Alfredo e Siriji). Bom Jardim é um município brasileiro do estado de
Pernambuco. Localizado na Mesorregião do Agreste Pernambucano e na Microrregião
do Médio Capibaribe.
Em seus relatos de páginas
leves de lê, o cidadão do mundo, "seu" Noé, relata um pouco do que foi sua vida
administrativa, suas obras, família e religião.
Sua
vida politica é retratada de maneira simples, desde que foi
vitorioso em sua primeira disputa em 1963, contra o Sr Dequinho. Relata porque
se recusou a concorrer pela segunda vez ao cargo de Prefeito de Bom Jardim a
pedido do Marechal Dr. Osvaldo Lima, que teria o deixado contrariado, forçando o próprio Osvaldo a concorrer como prefeito e Noé de Vice. Saíram vitoriosos, e já na
posse, Dr. Osvaldo cumpriu os trâmites legais de prefeito e em seguida pediu
licença do cargo confiando-o a Noé, que por sua
vez, administrou durante mais 4 anos a cidade do seu
encanto, Bom Jardim, pela segunda vez. O fato se deu de 1973 a 1977.
Foleando o livro encontramos diversas
páginas com narrações e cópias de grandes feitos e aquisições para o município de Bom
Jardim. São provas, fotos e assinaturas que trouxeram desenvolvimento para o
município, bem como pequenos retalhos de sua vida como homem fiel ao seu povo e parte de uma sociedade que ele construiu com letras de ouro. Ali
constam, também, sua árvore genealógica de seus antepassados, o próprio como pai, avô, bisavô e fiel esposo, sua vida maçônica, cartas,
preces, homenagens, dados biográficos e um rio que inundam sua
alma de saudades.
Essa
jornalista termina de escrever essas linhas, emocionada. Não o conheço, ainda,
pessoalmente, mas sinto que pessoas como "seu" Noé, trazem em sua alma um perfume de gente
que perfuma a todos, mesmo os que como eu, estão longe.
Parabéns "seu" Noé, que na
próxima semana completará 65 anos de uma união singular com sua amada Íris. Que
seus dias sejam sempre como um sol a clarear e perfumar os dias de todos que o
cercam.
Parabéns
Noé, o escolhido para conduzir um povo.
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