A paralisação dos caminhoneiros chega
ao nono dia nesta terça-feira, dia 28, e, de acordo com o secretário
de Planejamento e Gestão do Estado, Márcio Stefanni, o pernambucano
está perdendo a calma diante da situação.
"Estamos tentando negociar,
mas sabemos que a paciência do povo de Pernambuco está chegando ao limite, uma
vez que começa a faltar gás de cozinha, remédios nos hospitais", explicou.
Stefanni também informou que o governador Paulo Câmara se
reuniu com integrantes do Ministério Público para detalhar como
o Governo está lidando com a paralisação. Caso seja necessário,
segundo ele, a força poderá ser utilizada para resolver a situação. "O
Governador esteve reunido com o Ministério Público (MP), defensor da sociedade,
para que o MP fosse avisado das medidas que o Estado tem tomado e se
colocando a disposição para requisição de medidas, inclusive de força, se
necessário for", afirmou.
PRODUTORES DO VALE DO SÃO FRANCISCO JÁ CONTABILIZAM MAIS DE
R$ 500 MILHÕES DE PREJUÍZO - Produtores de frutas do Vale do São
Francisco contabilizam um prejuízo de R$ 570 milhões devido
à paralisação dos caminhoneiros, que acontece desde o último dia 21. De
acordo com o Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), o
setor já deixou de comercializar, para os mercados interno e externo, 40 mil
toneladas de uvas e 60 mil toneladas de mangas.
Também deixaram de ser comercializadas mais
de 200 mil toneladas de frutas como acerola, banana, coco e mamão. O
SPR informou, por meio da assessoria de comunicação, que as câmaras frias
já estão com a ocupação esgotada e não há mais espaço para o armazenamento de
frutas colhidas recentemente. Nos pomares da região, as frutas estão
apodrecendo no campo. Além disso, ainda de acordo com o sindicato, todos os
novos pedidos do mercado interno foram cancelados e falta combustível para
os tratores e pulverizadores, o que pode causar perda de safras de exportação
de setembro a outubro. Com isso, 80% da safra a ser colhida pode
ficar comprometida por falta de mercado.
Apesar de todos os prejuízos, os
produtores do Vale de São Francisco assinaram um documento em que
reconhecem a legitimidade da paralisação dos caminhoneiros e solicitando aos
poderes competentes a agilização das negociações, liberação das estradas e
acesso aos portos. (Com informações do JC Online e da Folha de
Pernambuco. ConfiraAQUI e AQUI)
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