Propaganda
eleitoral antecipada, teria sido foi feita na festa de emancipação política da
cidade. Na ocasião, um letreiro luminoso foi exposto com o nome do
pré-candidato a deputado. (JC Online – Foto: Guga Matos).
O Ministério
Público Eleitoral em Pernambuco ajuizou uma ação nesta quarta-feira (13)
contra a prefeita de Brejão, Elizabeth Barros de Santa, conhecida como Beta
Catengue (PSB), pelo crime de propaganda eleitoral antecipada. A acusação
consiste no uso de outdoors para a divulgação da imagem do pré-candidato a
deputado federal João Campos (PSB). Durante a festa de comemoração a
emancipação política de Brejão no último dia 1º de março, o nome de João Campos
foi divulgado em um letreiro luminoso com efeito outdoor durante o show. O
pré-candidato, porém, não esteve presente no evento.
O MPE
ressalta que o uso de outdoors durante o período de campanha é proibido segundo
a legislação eleitoral. Isso ocorre, pois, essa divulgação pode
implicar em abuso de poder econômico por parte dos candidatos,
desequilibrando assim a disputa eleitoral. "Prática de conduta irregular
promove disputa desigual entre candidatas e candidatos e fere o princípio
constitucional da isonomia. Seria ingênuo negar o enorme prejuízo causado
àqueles candidatos e candidatas que não disponham dos mesmos recursos
econômicos para promover-se".
Outro
ponto é que a acusada praticou propaganda eleitoral antecipada, uma vez que ela
só é permitida após o dia 16 de agosto, depois do início para o
registro de candidaturas. O MPE pede ao Tribunal Regional Eleitoral de
Pernambuco (TRE-PE) aplica multa entre R$ 5 mil e R$ 25 mil aos acusados devido
a prática de propaganda eleitoral antecipada.
A
prefeita Beta Cadengue negou ter cometido propaganda eleitoral antecipada.
"Eu acho que não teve (campanha antecipada). Como a gente vai fazer uma
campanha antecipada sabendo que eu posso me prejudicar e prejudicar um
candidato? Lógico que eu não faria isso", afirmou Beta.
Fernando
Filho e Guilherme Uchôa - O MPE-PE também ajuizou ações nesta quarta
contra o deputado federal Fernando Bezerra Coelho Filho (DEM), o deputado
estadual Guilherme Uchoa, que é presidente da Assembleia Legislativa de
Pernambuco (Alepe), e seu filho, o empresário Guilherme Uchôa Júnior, conhecido
como Júnior Uchôa. Eles são acusados pelo mesmo crime que a prefeita de Brejão,
propaganda eleitoral antecipada, por meio de outdoors ou peças publicitárias
com efeito outdoor.
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